Sou uma pessoa por natureza moderada, e que procura ser um pólo difusor e defensor de teses moderadas, por considerar só possivel dentro de um quadro de moderação haver cedências susceptiveis à promoção de consensos. Contudo há vezes que uma ponderação radical pode responder convenientemente a um grau de provocação elevada. Digo isto porque alguém saudosista do colonial fascismo com simpatias políticas à oposição política lançou-me farpas inedecorosas num desses blogs à deriva, e na qual diz que fiz uma apologia ao sistema de desenvolvimento chinês.
O infeliz blogista com falta de inteligência ética queria tentativamente alinhar-me à ideologia oficial do Pcchinês.Um desespero de causa motivado de factores ideológicos, e que acha e julga que como negro e africano não tenho direito de opinião.
No artigo de minha autoria não faço apologia do regime chinês, mas ao sistema de desenvolvimento económico chinês. Faço uma análise ao capitalismo chinês, na forma como este guindou a Nação chinesa a um alto padrão de vida, e invejável qualidade de vida que não tinha há 20 ou 30 anos. Falo de uma China que todo o mundo admira pelo trabalho e obra desenvolvida; um país que foi colonizado, que se tornou na segunda economia mundial, que lhe permite ser credor de mais de metade do tesouro da dívida estadunidense 1.44 triliões nas mãos dos chineses, assim como credor da dívida de vários países europeus ex- potências coloniais. Falo numa China em relação à robustez económica, industrial e tecnológica daquele país asiático, contribuindo dessa forma para se dissipar a percepção que se tem de que aquele país só produz pirataria.
Para esse senhor Leocardo do Olho vivo ou sei lá quem é, o colonialismo não foi tão mau pois me deu o nome e foi-me ensinado a ler e a escrever. Esqueceu-se de mencionar que a taxa de analfabetismo antes da independência atingia 93 por cento. Éramos um país a viver sob ocupação miserável e infame, sob tutela do colonial fascismo e racista que para além daexploração económica, obrigava-nos a viver na desonra de uma vida sem dignidade, nem auto estima, que a independência de Moçambique liderado pelo partido Frelimo se encarregou de restaurar. No que respeita a nomes, muitos nomes da elite portuguesa e europeia de hoje estãodirectamente associados a escravatura dos negros africanos e ao colonialismo.
Quanto a nomes africanos, detemos valores culturais que se expressam nas variantes línguas nacionais, tradições, dança, cantares, música e teatro. Apesar de acreditar na lusofonia como um espaço a explorar dentro da diversidade que caracteriza a indentidade, Moçambique independente tem apenas 39 anos, os valores culturais estrangeiros vão-se dissipando, e os de afirmação africana gradualmente vão-se impondo à medida que fomos crescendo como Nação, e povo identificado com a sua matriz civilizacional e cultural africana libertada de espartilhos da dominação estrangeira.
Um outro dono de um blog do mais raivoso contra o governo de Moçambique, e especialmente no que tange a atingir a integridade das FDS, tentou ligar um nome parecido com o meu num caso dos anos 80 em Lisboa, em que um suposto operacional de inteligência do antigo regime moçambicano aparece envolvido. A fonte da informação foi contactada sendo a falsa informação de imediato retirada por ferir a verdade, ser tendenciosa e politicamente motivado porque parte de uma conspiração tecida desde Lisboa. Um dado que está no momento a ser investigado por quem de direito. De James Bond apenas romances de Ian Fleming que devorava quando miudo, e filmes interpretados por Sean Connery, e algumas bondgirls avulso sem luz verde de Sua majestade, a ponto de amigos da época até hoje alguns alcunharem-me de James Bond.
Questiono o timing para o acto intragável de tão mau gosto.Tentativa de assassinato político? Em política não existe inocência, e os actos maquiavélicos falam por si. Parece que o blog com o pomposo, mas um espaço reservado para vangloriar os ataques militares da Renamo a cidadãos indefesos e as FDS, ssim como ao governo seus apoiantes e as FDS. Uma tentativa de criar uma erosãopariótica, orgulho nacional e auto-estima conquistado pelos moçambicanos aquando da indepêndencia nacional. O dito blog usa sempre que pode os meus artigos para dissecá-los com as suas obervações injuriosas, sempre com o rabo de fora como fazem os cobardes.
Inácio Natividade
JORNAL DOMINGO – 06.07.2014