Estado perdeu autoridade
Afirma Abdul Carimo, antigo director da UTREL
O Presidente do Conselho de Administração do Corredor para o Desenvolvimento da Zambézia (CODIZA), Abdul Carímo, disse que o estado perdeu autoridade no que tange a exploração desenfreada dos recursos florestais no país já lá vai muito tempo.
Para Carimo, não se justifica que todos dias, os moçambicanos assistam a retirada/exportação de toros para China sem que as populações dos locais onde se retiram estes recursos se beneficiem de algo. Tudo isso, segundo a nossa fonte, acontece porque este Estado moçambicano não tem boas políticas públicas que podem fazer com que os recursos ajudem a desenvolver as comunidades.
Num outro desenvolvimento, o antigo director da Unidade Técnica de Reforma Legal (UTREL), sublinhou que deveriam ser abertas unidades de processamento nas comunidades para que os alunos das escolas locais se beneficiem com carteiras por exemplo, ai sim, teríamos um desenvolvimento e as comunidades iriam ganhar alguma coisa.
Como isso não acontece, o resultado é este. Estradas danificadas, pontes destruídas por causa do transporte constante e com tonelagem acima do normal de camiões carregando madeira de um lado para o outro.
Abdul Carimo vai mais longe ao afirmar que o país anda sem trabalho, porque o Estado não quer com que isso aconteça caso contrário, iria manter autoridade nos exploradores dos recursos florestais, tudo para o benefício das comunidades. Refira-se que nos últimos anos, o debate da exploração de recursos florestais tem sido frequente. Há quem defenda que o estado é conivente dos chineses que neste momento são os grandes exploradores destes recursos e em troca, o estado moçambicano recebe dinheiro ou benesses como infra-estruturas em vários sectores.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 31.07.2014