O Ministro da Defesa de Moçambique, Agostinho Mondlane, disse que a responsabilidade de garantir a segurança no troço Save-Muxúnguè, entre as províncias de Inhambane e Sofala no centro, recai sobre a Renamo, maior partido da oposição no país.
O titular da pasta da defesa, que falava hoje à margem do seminário dos médicos militares, em Maputo, disse que o governo tem estado fazer tudo ao seu alcance para garantir a segurança às pessoas que usam o troço Save-Muxúnguè, na sequência dos ataques da Renamo, ex-movimento.
Segundo Mondlane, há toda uma necessidade de o ex-movimento rebelde liderado por Afonso Dhlakama, que se presume esteja escondido na serra de Gorongosa, cessar imediatamente as hostilidades e integrar-se no processo democrático em curso no país.
O único caminho para que haja segurança é o desarme da Renamo e seu regresso ao convívio democrático. Esse é o caminho que deve ser seguido para que haja segurança. Que venha viver democraticamente com o povo moçambicano. Não faz sentido a Renamo estar a precisar do povo para governá-lo e estar a matá-lo, disse Mondlane.
O ministro referiu que enquanto a Renamo não abandona as armas, o governo tem estado a trabalhar na frente política e diplomática e a nível de defesa para que o partido abandone as armas e volte ao convívio são e democrático, que se pretende que todos os moçambicanos observem.
Temos estado a desenvolver as Forças Armadas e mantê-las em prontidão para qualquer eventualidade dentro daquilo que são as suas missões, revelou o ministro.
Por seu turno, a directora nacional de Saúde Militar, Águeda Duarte, garantiu que o sector tem estado a criar condições para que os feridos tenham o melhor atendimento e nos hospitais militares distribuídos pelo país.
Aliás, a equipa que garante a segurança no troço Save-Muxúnguè integra quatro médicos militares.
Nós estamos com um número de feridos e que estão a ser atendidos não só nos hospitais militares, mas também nas unidades sanitárias civis, porque, neste momento, as unidades civis são as que estão com melhor capacidade de atendimento, disse Duarte.
Desde que a Renamo anunciou a suspensão do cessar-fogo em Junho tem vindo a protagonizar ataque as colunas de viaturas, escoltadas por militares, apesar de estar envolvida no diálogo político, que se arrasta há muais de 60 rondas sem progressos conducentes ao fim das incursões armadas dos homens da Renamo.
Nos últimos quatro dias, registaram-se ataques que se saldaram em ferimentos graves de três cidadãos civis.
Anacleto Mercedes (ALM)/le
AIM – 03.07.2014