GOVERNO DA FRELIMO TENTA IN EXTREMIS ANULAR ACORDOS COM A RENAMO

+Guebuza queria exibir Dlhakama como troféu no dia da assinatura do cessar fogo
+ Mocambique é mesmo dirigido por mafiosos
A historia é rocambolesca e não lembra o diabo. Tudo começa com a assinatura da procuração. Parece que os serviços de inteligência militar do exercito governamental rastrearam o percurso percorrido pela equipa mandatada para a "parte incerta" para que o lendário líder da Renamo assinasse a procuração que daria poderes para que os Macuianes firmassem acordos de cessar fogo. Na verdade a exigência de procuração era mais uma manobra para surpreender afonso dlhakama, porque desnecessario. Deve se referir que a procuração foi assinada na passada sexta feira e chegou a maputo dia seguinte, sábado. Com efeito, por volta das 17 horas e 23 minutos, 2 poletoes de comandos especiais boinas vermelhas (60 homens aproximadamente), que se faziam numa camioneta e um blindado, avançaram em direção ao regadio de Nhauranga, a 5 km de Mucodza e 12 km da vila sede da vila sede do distrito de Gorongosa. Os comandos avançaram pela picada escoltados pelo blindado e depois de percorrer certa distância continuaram sem blindado que ficou a ilharga com algumas tropas. Ja a meio do trajecto, faltando alguns km para alcançar a suposta base de Nhauranga, situada em baixo da montanha (a jusante), os militares foram interceptados e atacados por uma patrulha de perdizes.

A situação gerou grande pânico e os militares recuaram em debandada e as perdizes encetaram uma endiabrada perseguição seguida de tiros e vários militares foram abatidos e outros andaram perdidos pelas matas. Na debandada o blindado teve serias dificuldades para chegar a estrada de Mucodza. 12 mortos é 16 feridos graves é que chegaram ao hospital mas há cadáveres que ficaram nas matas. Enquanto isso em Maputo os Pachecos aguardavam impacientemente na sala de negociações pelo "sucesso" da operação, tamborilando os dedos na mesa e fingindo honestidade. Os jornalistas da TVM estavam de plantão para transmitir em directo informações espectaculares vindas de Gorongosa mas o relatório nunca mais chegava de Gorongosa. Só quando o remanescente das tropas derrotadas seguidas das viaturas, cabisbaixas e com efectivos reduzidos, chegaram vila de Gorongosa por volta das 22 horas é quando ligaram para Maputo a anunciar o fracasso da operação e só assim que os Pachecos assinaram, enfim, o acordo de cessar fogo. Ontem apenas era dia para assinar e não negociar mas tiveram que encenar para ganhar tempo para evitar in extremis assinar um acordo que também significa a aceitação da paridade militar. Um oficial das FADM confidenciou nos que o próprio Guebuza monitorou a operação e a ideia era capturar Dhlakama vivo ou morto e seria trazido dentro do blindado.
Como pode se ver, o governo não esta a favor da paz. O governo procura a todo custo eliminar Dlhakama, o seu grande empecilho. O governo apenas cedeu nas negociações no CCJC devido a derrota militar na zona centro. Assim que o governo soube que Dlhakama voltará a residir em Nampula, enviou ontem varias unidades da FIR vindas de Maputo. Está mais do que claro que as atitudes do governo são típicas de um gang de mafiosos. A grotesca prisão de António Muchanga foi mais uma amostra do tipo de gente que governa esta suposta "perola do indico". O líder da Renamo só poderá sentir se seguro ou com a formação do exercito republicado ou se estiver sob a proteção de capacetes azuis. Cessar-fogo e retirada de tropas que o cercam em Gorongosa não garante a sua segurança.
Unay Cambuma

In https://www.facebook.com/unay.cambuma?ref=ts&fref=ts

NOTA:

Tanta pressa em libertar os supostos homens da Renamo (de que esta não reclamou e nem esteve presente) em Inhambane e os de Nampula ainda presos assim continuam. Porquê?

Não deixem de atentar nas palavras de Macuiane na assinatura do cessar-fogo. Pacheco nada disse.

Fernando Gil

MACUA DE MOÇAMBIQUE