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Por: Noé Nhantumbo
Interessante e de elogiar a forma como os beirenses se tem comportado desde que iniciou a campanha eleitoral rumo as eleições de 15 de Outubro de 2014.
Não há registos de violência. Importantíssimo e um sinal inequívoco de que os cidadãos já compreenderam que só perdem optando por atitudes que violem os direitos políticos dos outros.
Sem muitas actividades de educação cívica os beirenses registam uma evolução positiva e de emular quanto ao seu comportamento.
Quando as caravanas passam as pessoas assistem.
Bandeiras de vários partidos encontram-se hasteadas quase se tocando mas ninguém rasga a do outro. Sem pretender afirmar que tudo corre na perfeição não posso deixar de dizer que Beira está mostrando aos moçambicanos e ao mundo que é possível vários partidos conviver no mesmo espaço sem violência. Na Beira, cidade que atrai cidadãos de todo o país é comum verificar-se que a filiação partidária não altera a forma como seus munícipes vivem o seu dia-a-dia lado-alado.
Percorrer os mercados da cidade e passando por lanchonetes, quiosques ou barracas a convivência é real e cada um pode, sem correr perigo, apresentar seus sentimentos ou inclinações partidárias.
Gaza, Inhambane, Tete, Manica, Nampula devem rapidamente aprender com o que acontece na Beira.
Beira pode também aprender com outros como é possível aperfeiçoar o exercício da democracia em paz e sem violência de espécie alguma.
Temos todos que aprender que afinal Moçambique é uno, indivisível e constituído por pessoas com as mais diferentes expressões culturais e preferências políticas.
Quem visitar a Beira irá ficar admirado pela ausência de manifestações de violência numa cidade que alguns acreditam ser por natureza violenta.
É como que dizer que a Beira quer votar em paz e sossego. Esperamos que os nossos compatriotas de choque em outros lugares que teima em fazer da política um jogo de vida ou morte aprendam rapidamente com o que está acontecendo na Beira.
Estão de parabéns os beirenses por esta profunda lição de civismo.
Esperemos que esta maneira de ser e estar se estenda por todo o país e que no dia 15 de Outubro de 2014 o país vote seu futuro em PAZ pois os moçambicanos já não querem mais guerras e sofrimentos.
Esperemos que os partidos políticos instruam seus membros e simpatizantes no sentido de assumirem como prioridade a preservação da paz em Moçambique.
O AUTARCA – 29.09.2014