DIVERSAS instituições do Estado cujas actividades haviam sido interrompidas há pouco mais de um ano em consequência da tensão político-militar em algumas regiões do distrito da Gorongosa, em Sofala, estão paulatinamente a voltar a funcionar, depois do entendimento de cessação das hostilidades assinado no dia 5 deste mês pelo Presidente da República, Armando Guebuza, e pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Segundo o administrador distrital, Paulo Majacunene, a prioridade do momento é a reabertura dos serviços públicos na sede do posto administrativo de Vunduzi e nas localidades adstritas, além da reabertura das unidades sanitárias até o final do mês corrente.
Além de Vunduzi, o Governo está igualmente a criar condições visando a reactivação dos serviços no posto administrativo de Canda e a refuncionalização do centro de Saúde local e o do povoado de Mucodza, totalizando três unidades sanitárias até então paralisadas.
Segundo aquele governante, para a reinstalação dos serviços públicos naqueles locais as respectivas estruturas administrativas já se encontram a trabalhar na limpeza e levantamento das necessidades visando mobilizar fundos para a reabilitação, o que vai acontecer simultaneamente com o decorrer dos trabalhos de atendimento público.
Majacunene recordou ainda que em Canda, Mucodza e Vunduzi um total de seis escolas foram
Encerradas, afectando mais de dois mil alunos, nomeadamente em Vunduzi-Sede, Mupanga-Panga, Nhancungo, Chionde, Mucurumedzi e Bunga. “Agora estamos a reinstalar os serviços da Administração Pública, pois isso vai significar a restauração das infra-estruturas outrora abandonadas e muitas das quais vandalizadas. Depois disso vamos reabrir as unidades sanitárias que, como se sabe, são fundamentais, enquanto as escolas só voltarão a funcionar no próximo ano lectivo, pois a maior parte dos alunos já está reintegrada nas outras instituições de ensino na vila-sede distrital” - explicou o administrador da Gorongosa.
Falando sábado no reinício do pagamento do subsídio social básico naquelas zonas, Majacunene
disse que o referido acto também faz parte do recomeço das funções das instituições do Estado naquelas regiões.
António Janeiro
NOTÍCIAS – 27.09.2014