Moçambique perde entre 1500 a 1800 elefantes por ano, o que corresponde a cinco animais abatidos diariamente, segundo dados do Ministério da Agricultura.
Só na Reserva Nacional do Niassa, o Estado perde anualmente cerca de 24 milhões de dólares com a caça ilegal de elefantes.
No Parque do Limpopo, sul de Moçambique, as incursões dos caçadores furtivos estão concentradas no rinoceronte e, no norte do país, mais concretamente na Reserva Nacional do Niassa, os caçadores furtivos estão mais virados para o elefante.
Naquela região, este crime é liderado por tanzanianos, que contam com a colaboração dos moçambicanos. A Administração da Reserva do Niassa estima que por dia cinco elefantes são abatidos pelos furtivos.
Moçambique faz parte dos nove países do mundo que demandam cuidados intensivos para travar a caça furtiva. Trata-se de um crime que coloca em perigo as relações entre Estados vizinhos, e é parte integrante do crime organizado trans-nacional.
A falta de uma estratégia de combate aumenta a vulnerabilidade do país em relação ao problema. Neste momento, está em curso uma reforma legal no sentido de se criminalizar a caça furtiva e o tráfico dos produtos da fauna, tal como sucede na África do Sul.
O PAÍS – 22.09.2014