Desde o início da campanha eleitoral, o Centro de Integridade Pública (CIP) tem estado a expor, com a devida documentação, o uso de bens do Estado pelos partidos políticos, com destaque para viaturas. Mas, dos registos de ocorrências policiais, não consta nenhum caso relacionado com uso de bens do Estado. Ontem, o Comando-Geral da Polícia informou que 10 casos de ilícitos eleitorais foram registados na semana passada, com destaque para vandalização de material de propaganda, nomeadamente, panfletos e dísticos.
Esta situação deixa transparecer a ideia de que este tipo de ilícito eleitoral é tolerado pelas autoridades policiais, diferentemente de casos de vandalização de material de propagada e de agressões físicas, que já levaram à detenção, julgamento e condenação de membros e simpatizantes de partidos políticos.
O Centro de Integridade Pública refere os membros do partido Frelimo como os que mais se envolvem no uso de bens do Estado em campanha eleitoral, enquanto os membros e simpatizantes da oposição são penalizados por vandalizar material de campanha dos partidos concorrentes.
Enquanto a Polícia continua a “fechar os olhos” ao uso de bens do Estado na campanha, este tipo de ilícito continua a acontecer um pouco por todo o País. As situações mais flagrantes acontecem fora dos grandes centros urbanos.
O PAÍS – 24.09.2014
NOTA:
Amigos, porque esperam para mandar fotos destes ilícitos, em especial de viaturas do Estado a serem utilizadas directamente na campanha?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE