Agora quadro da Renamo Carlos Jeque dispara
“A LAM foi sempre uma empresa contra os trabalhadores onde a administração sempre andou distante da massa laboral”- idem
O antigo Presidente do Conselho da Administração das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Carlos Jeque, exonerado há sensivelmente três meses, disse que o cenário que se vive na LAM deixa cair lágrimas por isso, os efeitos são estes que saem para fora e os passageiros pagam a factura.
A fonte falou no último sábado em exclusivo ao Diário da Zambézia, aquando da chegada do líder do seu partido a Renamo, na cidade de Quelimane. Nesta entrevista, o ex-PCA das LAM explicou que quando foi nomeado para o cargo de Presidente do Conselho de Administração daquela companhia aérea, encontrou uma empresa com graves problemas de nepotismo e uma das grandes batalhas que tinha era mesmo essa “acabar com esta forma de tratar as coisas, mas infelizmente esta luta não durou por muito tempo e logo fui exonerado”, esclareceu a fonte.
Num outro desenvolvimento, o nosso entrevistado explicou também que a administração das LAM nunca respeitou os trabalhadores e por isso, as crises que se vem, resultam deste desrespeito. Por outro lado, há uma grande desorganização dentro da empresa o que não permite que a gestão. “Como PCA nesta altura, tentei dar o meu saber para que os trabalhadores fossem respeitados pela administração”, disse Jeque. 24 horas para deixar o cargo No decurso da nossa entrevista ficamos a saber do antigo PCA da LAM que foi dado apenas 24 horas para deixar o cargo que ocupava, ou seja, foi dito que em 24 horas deixaria de ser PCA e razões até agora ninguém lhe explicou.
Questionado se a sua exoneração do cargo mais alto das empresas públicas estava relacionada com questões políticas, Jeque revelou nesta altura não era Renamo, por isso que não vê esta ligação. “Nunca fui membro da Renamo e só agora é que entrei neste partido”- revelou a nossa fonte.
Que LAM deixou? Três meses depois, Carlos Jeque afirma que deixou uma LAM com pernas para andar e nesta oportunidade não deixou de felicitar a nova direcção para que respeite os trabalhadores, visto que estes é que fazem com que a empresa ande e cresça.
“Gostaria de ver uma empresa recuperada, uma empresa com visão do futuro”- rematou Jeque. Refira-se que há pouco tempo, também foi exonerada a então administradora da LAM, Marlene Manave.
A LAM é uma empresa pública, mas que nos últimos tempos o seu serviço, tem sido bastante criticado sobretudo no que toca aos adiamentos e atrasos de voos.(António Zefanias)
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 30.09.2014