O Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC) criticou, ontem, o processo de votação nas eleições gerais de 15 de Outubro passado, devido ao alto nível de irregularidades registadas.
No seu relatório sobre a observação eleitoral, divulgado esta terça-feira, o CESC entende que o volume de irregularidades assinaladas dificultaram a participação dos cidadãos eleitores e terá “contribuído para o nível de abstenção”, que, apesar de não existirem dados concretos, admite-se que pote ter atingido níveis acima de 50%.
“Daquilo que foi observado e registado através dos órgãos de comunicação social em vários pontos (situation room), houve vários aspectos que perturbaram o normal curso da votação, o que dificultou aferir-se a transparência do processo em alguns locais”, conclui aquela organização da sociedade civil, no seu relatório.
Mais adiante, o CESC aponta como alguns exemplos de irregularidades verificadas “a troca de cadernos, ausência de nomes dos eleitores”, situações que, a par de “toda a desorganização do processo, põe em causa o direito constitucional de votar e expressar a sua vontade na urna, facto que pode contribuir para o aumento da taxa de desistências e consequentemente causar altos índices de abstenções em eleições futuras”.
O PAÍS – 29.10.2014