A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique já começou a analisar milhares de votos inválidos das eleições gerais de 15 de outubro, uma das últimas fases de um apuramento marcado por suspeitas de vários ilícitos.
O porta-voz da CNE disse hoje à Lusa que ainda é incerto o número de votos inválidos, uma vez que se aguarda até sábado os resultados em duas províncias (Tete e Niassa), embora fonte do órgão eleitoral tenha já avançado à Agência de Informação de Moçambique (AIM) que o total atinge cerca de 700 mil.
Segundo o boletim sobre o processo político em Moçambique publicado pelo Centro de Integridade Pública (CIP) e pela Associação dos Parlamentares Europeus em África (AWEPA) - que também refere a existência de 700 mil votos inválidos nas eleições presidenciais, legislativas e assembleias provinciais -, pouco mais de 10% destes boletins serão requalificados, atendendo à experiência de votações anteriores.
LUSA – 24.10.2014
NOTA:
Será que alguém confirma ou confirmou que todos os votos expressos em cada mesa correspondem ao seu número de série? Tendo já sido provados enchimentos, se os números de série estiverem correctos, isso indicia que a viciação foi "organizada" pela CNE ou STAE, que a tempo separaram alguns cadernos de votação para o efeito.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE