OS 92.760 eleitores recenseados em São Tomé e Príncipe foram ontem chamados a votar nas eleições legislativas, autárquicas e regionais, depois de uma campanha considerada pacífica por observadores internacionais.
Os principais partidos criam numa maioria absoluta. Hoje devem ser conhecidos os primeiros resultados.
Doze partidos participaram na corrida eleitoral, que permitirá escolher os deputados que ocuparão os 55 lugares na Assembleia Nacional, mas apenas quatro, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe, Partido Social-Democrata (MLSTP-PSD), a Acção Democrática Independente (ADI), o Partido da Convergência Democrática (PCD) e o Movimento Democrático Força da Mudança-Partido Liberal (MDFM-PL), surgem como favoritos.
Nas últimas eleições legislativas, em 2010, a ADI conseguiu eleger 26 deputados, o MLSTP-PSD, 21, o PCD, 7, e o MDFM, 1 deputado.
Na hora de votar, ontem, o candidato a Primeiro-Ministro pelo MLSTP-PSD, Osvaldo Vaz, disse acreditar que o seu partido vai ter maioria absoluta.
Também o candidato a chefia do Governo santomense, Patrice Trovoada manifestou-se confiante de que o seu partido, ADI, vai ter maioria absoluta, embora se tenha mostrado preocupado com o “banho escandaloso” por parte dos seus adversários.
Todos os partidos acusam-se mutuamente de recorrer ao “banho”, compra de votos, uma prática já enraizada nas eleições são-tomenses com a qual os responsáveis políticos admitem ser muito difícil de acabar.
Em simultâneo com as legislativas, serão escolhidos os vereadores para seis municípios e sete deputados para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma do Príncipe.
NOTÍCIAS – 13.10.2014