MDM repudia resultados
O MDM já expressou o seu repúdio aos resultados eleitorais apresentados ontem à tarde, pelo presidente da CNE, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo. “Não podemos aceitar resultados que não são credíveis”, refere o MDM num comunicado assinado pelo seu presidente Daviz Simango.
“Aquele que se cala diante de um acto injusto, colabora para que a injustiça se perpetue. Assim como me dirigi ao povo moçambicano por ocasião dos acontecimentos nas eleições do dia 15 de Outubro, venho, em nome do MDM - Movimento Democrático de Moçambique, neste momento em que a CNE acaba de divulgar no seu entender os resultados oficiais, expressar o meu profundo pesar por essas que foram eleições manchadas por um combate desigual de forças durante a campanha eleitoral e que tiveram, nos comprovados actos de fraudes e de violência, o seu descrédito final”, observa o presidente do MDM.
“Não podemos, como lideranças da oposição responsável, democrática e pacífica que o MDM representa, aceitar, sem nenhuma manifestação de repúdio, os resultados ora apresentados. Resultados que não são credíveis, tendo em vista os inúmeros relatos de irregularidades documentados por nós e conhecidos por toda a sociedade, pois que foram largamente apontados pela imprensa independente, pelos organismos de observação eleitoral, por membros de distintos partidos, pelo próprio povo, assim como por personalidades nacionais e internacionais que manifestaram sua preocupação com o processo do escrutínio em Moçambique”.
“O MDM, afirma, em nome da seriedade e da ética, que precisam ser defendidas neste momento, que não aceita os resultados apresentados pela Comissão Nacional de Eleições e que vamos continuar a nossa luta, através das medidas judiciais que nos são de direito, como nos garante a nossa Constituição”, lê-se noutro passo do comunicado.
“Nossa luta é pela esperança por um país verdadeiramente livre, que garanta aos moçambicanos a certeza de que seu voto será defendido e que a vontade soberana será garantida. Infelizmente, dentro dos acontecimentos que vivemos, isso não é uma realidade”, prossegue.
“Lutaremos, como sempre foi o nosso compromisso, com as armas pacíficas de protesto e da batalha judicial, em defesa desse direito conquistado com tanto sacrifício”, conclui.
CANALMOZ – 31.10.2014