Residentes do bairro da Matola-Gare, município da Matola, manifestaram-se na manhã de sexta-feira junto à sede da empresa Electricidade de Moçambique (EDM) a nível da província de Maputo, protestando contra a falta de energia eléctrica naquela zona.
Segundo a edição de hoje do jornal Noticias, no total são 600 famílias, reassentadas no âmbito do projecto da Estrada Circular de Maputo e residentes nos quarteirões quatro e cinco daquele bairro, que se encontram privadas daquele serviço.
José Fenias, representante dos manifestantes, citado pelo Noticias, disse que a acção daquele grupo resulta do incumprimento das promessas de fornecimento da energia eléctrica àquela zona feitas pela EDM.
Explicou que há mais de três anos que os residentes vêm encetando, em vão, diligências junto daquela empresa na busca de solução para o problema.
A EDM tem várias cartas nossas de pedido de instalação da rede eléctrica na nossa zona mas nunca deu resposta plausível, disse Fenias, acrescentando que num dos contactos aquela empresa teria dito aos representantes da zona que nos seus mapas o lugar em causa já tinha corrente eléctrica, algo que não corresponde à verdade.
Segundo o representante dos moradores, o assunto está a criar prejuízos incalculáveis, resultantes de avarias dos electrodomésticos por falta de uso.
Entretanto, o director da EDM, a nível da província de Maputo, Jonas Chitsumba, explicou que a zona em causa será contemplada num projecto de electrificação financiado pelo Banco Mundial, a ser executado até ao ano 2015.
Perante a pressão dos manifestantes, o nosso interlocutor garantiu que enquanto o projecto não se iniciar a sua empresa vai activar um plano alternativo que consistirá na iluminação gradual dos dois quarteirões a ter início segunda-feira próxima.
Chitsumba disse que para satisfazer a necessidade daqueles moradores a EDM precisa de perto de noventa milhões de meticais (cerca de 2,9 milhões de dólares ao câmbio corrente), uma soma que, segundo ele, a EDM não está neste momento em condições de alocar.
Contudo, devido a forte pressão exercida pelos moradores, Jonas Chitsumba sentiu-se forçado a antecipar os trabalhos ainda sexta-feira, autorizando a saída de 20 postes de transporte de energia para Matola-Gare.
SG/
AIM – 25.10.2014