“Operação Nyali”
O chefe da Unidade de Combate à Droga do Quénia, Hamisi Masa, disse que a transferência de Ibrahim Akasha para uma cadeia em Nairobi não havia sido feita com dolo nem com a intenção de entregá-lo a quaisquer outras autoridades sem permissão dos tribunais.
Segundo a edição de hoje do jornal “The Standard”, publicado em Nairobi, o advogado de defesa de Ibrahim Akasha requereu que o secretário permanente do Ministério do Interior queniano e o comandante da Polícia de Mombaça fossem intimados por instância jurídica a proibir quaisquer extradições de natureza ilegal.
Recorde-se que um tribunal de Nova Iorque requereu a extradição de Ibrahim Akasha, Baktash Akasha, Viky Goswami, e Gulam Hussein, este último de origem paquistanesa, detidos no passado domingo no Quénia, no âmbito da “Operação Nyali”, por envolvimento no tráfico de narcóticos para os Estados Unidos. Na referida operação, foi citado o nome do empresário moçambicano Mohamad Bashir Sulemane, que está desaparecido.
A detenção dos quatro indivíduos, que contou com a participação da DEA (agência norte-americana de combate à droga), terá beneficiado de uma denúncia feita por um alegado sócio do empresário moçambicano Mohamad Bashir Sulemane, segundo noticiou a comunicação social indiana. Bachir continua dado como desaparecido, mas o porta-voz da Polícia moçambicana assegurou não existir qualquer ligação entre o rapto do empresário e as detenções efectuadas no Quénia.
Acusado pela Administração Obama de estar à testa da placa giratória do tráfico de droga em Moçambique, Mohamad Bashir Sulemane é igualmente financiador do partido Frelimo, sendo presença constante em cerimónias públicas e oficiais organizadas pelo Governo dirigido por essa formação política. (Redacção /The Standard)
CANALMOZ – 21.11.2014