A caça furtiva atingiu um novo recorde com 1.020 rinocerontes mortos desde o início do ano apesar de importantes medidas tomadas pelas autoridades, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Ambiente sul-africano.
“Até à data, um total de 1.020 rinocerontes foram mortos para lhe ser extraído o corno desde 01 de Janeiro de 2014”, indicou o ministério, recordando que o balanço de 2013 foi de 1.004 rinocerontes mortos.
A maior parte daqueles animais, cuja caça furtiva se intensificou desde 2007, foram mortos no famoso parque Kruger, na região fronteiriça com Moçambique, onde 672 carcaças foram descobertas pelos guardas do parque.
“O massacre em curso dos rinocerontes para extrair o seu corno alimenta o tráfico ilegal mundial de fauna selvagem, que vale milhares de milhões de dólares e lutar contra aquele flagelo não é simples”, sublinhou o ministério sul-africano, que diz utilizar todos os meios, desde da repressão, à sensibilização, e anunciou que pretende acabar com a proibição do negócio de cornos para tentar dissuadir os traficantes.
Os cornos procedentes do tráfico vendem-se actualmente no mercado negro na Ásia, onde os adeptos de medicina tradicional e os novos-ricos os consumem em bebidas com propriedades curativas. O corno de rinoceronte tem queratina, um dos componentes das unhas humanas.
VYE // VM
LUSA – 20.11.2014