Uma equipa de investigação pesqueira constituída por especialistas nacionais e estrangeiros, que se encontram a trabalhar na costa moçambicana, anunciou a descoberta de novas espécies marinhas.
Jans Otto, responsável desta equipa de investigadores, diz que as novas espécies estão a ser registadas e devidamente catalogadas.
Orçado em cerca de 10 milhões de meticais (cerca de 312.500 dólares) disponibilizados pelo Estado moçambicano, através do Ministério das Pescas em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o estudo, com a duração de 30, envolve 14 investigadores nacionais e cinco estrangeiros.
Os resultados da pesquisa e as novas espécies marinhas descobertas, segundo Otto, deverão ser anunciados ao longo do primeiro semestre do próximo ano (2015).
Jans Otto falava ao Noticias na cidade portuária da Beira, Centro de Moçambique, durante a atracagem de um navio norueguês de investigadores pesqueiros envolvidos no processo.
Durante os primeiros 15 dias desta pesquisa, encontramos novas espécies ao longo da costa moçambicana, isto nas zonas por onde já passamos no sul e um pouco pelo centro. Esta actividade vai terminar na bacia do Rovuma, na província de Cabo-Delgado, explicou Otto.
O cientista norueguês sublinhou ainda que além de apurar novas espécies pesqueiras, a pesquisa irá colher dados que permitirão estimar os potenciais recursos pesqueiros com vista a promover uma pesca responsável e sustentável.
Entretanto, o director adjunto do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, Atanásio Brito, disse esperar que no final desta pesquisa seja aferida a potencialidade da pesca de modo que sejam redimensionados os respectivos investimentos.
Neste momento, o potencial de pesca em Moçambique é estimado em cerca de 400 mil toneladas por ano e, segundo Brito, com a presente actualização o mesmo deverá aumentar.
MAD/mz
AIM – 01.12.2014