O TRIBUNAL de Repressão do Enriquecimento Ilícito (CREI) do Senegal rejeitou um pedido de liberdade provisória de Karim Wade, filho do ex-Presidente senegalês Abdoulaye Wade, detido em Dakar em Abril de 2013 por desvio de fundos públicos, constatou ontem a PANA no Palácio de Justiça de Dakar.
O tribunal não aceitou os pedidos de liberdade provisória apresentados pelos advogados de Karim Wade e do seu colaborador Mamadou Pouye, respectivamente, a 28 de Outubro e a 13 de Novembro de 2014.
A CREI considera que libertando Karim Wade e Pape Mamadou Pouye há riscos de suborno de testemunhas.
Baseando-se nos factos de perturbação de audiência que houve desde a abertura do julgamento, os juízes consideram igualmente, na sua decisão, que soltando os réus há riscos de perturbação da ordem pública.
O Tribunal considerou finalmente, no último momento, que os dois arguidos, ao recusarem-se a responder às perguntas do CREI, desde a abertura do julgamento, nada fizeram para a manifestação da verdade a fim de postular uma liberdade provisória.
São as três principais razões evocadas pelos cinco juízes do CREI para rejeitar os dois pedidos de liberdade provisória acima referenciados.
Acusados de enriquecimento ilícito e de cumplicidade no enriquecimento ilícito, o filho do ex-Presidente do Senegal e Pape Mamadou Pouye estão detidos desde 17 de Abril de 2013, com outros co-acusados em liberdade provisória e que comparecem em tribunal livres.
Karim Wade, ex-ministro senegalês da Cooperação Internacional, Infra-estruturas e Transportes de 2009 a 2012, sob o regime do seu pai, Abdoulaye Wade, deve justificar a sua fortuna avaliada em mais de 217 milhões de dólares.
NOTÍCIAS – 30.12.2014