O CONSELHO Municipal da Ilha de Moçambique, em Nampula, e a Câmara Municipal de Olhão, em Portugal, poderão rubricar ainda este mês um acordo de gemelagem para o reforço da cooperação entre as partes.
O presidente do Conselho Municipal da Ilha de Moçambique, Saíde Abdurremane Gimba, anunciou, em declarações recentes ao “Notícias”, que, à luz desse acordo, a formação de funcionários nos domínios da planificação e gestão ambiental e o apoio institucional poderão liderar as prioridades nas linhas centrais desse entendimento.
Saíde Gimba disse que o acordo de gemelagem será rubricado na Ilha de Moçambique ainda este mês, segundo um pré-acordo alcançado nesse sentido durante a sua recente visita a Portugal.
Segundo o edil, a delegação de autarcas de Olhão aproveitará a ocasião para tentar descobrir outras áreas de cooperação entre as partes, havendo antecipadamente interesse em investir nas obras públicas e no turismo.
O edil da Ilha de Moçambique acrescentou que, face aos desafios que se impõem para garantir a gestão eficiente do meio ambiente da cidade, o seu Governo procura angariar experiências de outros municípios dos países que usam a língua portuguesa como veículo de comunicação que enfrentam problemas com especificidades semelhantes aos da sua cidade.
A formação dos funcionários da edilidade em matéria de planificação faz parte, na Ilha de Moçambique, da linha de prioridades para uma governação bem sucedida que está prestes a alcançar o primeiro dos cinco anos do seu mandato.
O Instituto Camões anunciou recentemente a extensão por mais três anos do Protocolo de Cooperação com a edilidade da Ilha de Moçambique.
Segundo Saíde Gimba, a renovação desse acordo de cooperação foi conseguida em Lisboa, de onde virão os equipamentos informáticos e outros apoios para fortalecer a capacidade institucional do Conselho Municipal da Ilha de Moçambique.
A edilidade da Ilha de Moçambique alcançou recentemente um importante acordo com a sua congénere de Olhão para o treinamento de salineiros das 35 unidades locais na matéria de processamento do sal, que consistirá na iodização e empacotamento do produto, que será colocado nos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), sendo que Angola é um dos que se mostram interessados na sua aquisição.
Através deste acordo, a indústria salineira na Ilha de Moçambique, maior produtor na província de Nampula, vai conhecer uma dinâmica que beneficiará os munícipes através da criação de mais oportunidades de emprego e, consequentemente, da melhoria da qualidade de vida.
“Não vamos rubricar acordo de gemelagem só para ficar no papel, há que tirar os dividendos desejáveis desses acordos, porque estamos focados na melhoria da qualidade dos serviços que prestamos aos nossos munícipes”, disse o edil da Ilha de Moçambique.
NOTÍCIAS – 29.01.2015