POR APENAS BASEAR-SE NA AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA
Ø Moçambique necessita de melhorar o fornecimento de bens públicos, por forma a facilitar o crescimento inclusivo nas áreas de infra-estruturas, Educação e Saúde e estabelecer redes de segurança adequadamente direccionadas para os mais vulneráveis – Banco Mundial (BIRD)
FILIMÃO SAVECA
OBanco Mundial (BIRD) considera a força laboral moçambicana “improdutiva”, por, na sua maioria, basear-se apenas na agricultura de subsistência.
No entender do BIRD, o desafio do país consiste em diversificar as fontes de crescimento económico, integrar os megaprojectos de capital intensivo na estratégia de redução da pobreza e desenvolver o sector agrícola.
Acrescenta que a desaceleração da redução da pobreza num contexto de robusto crescimento económico está a definir o desafio de desenvolvimento no Moçambique actual, sublinhando, a seguir, que “de forma mais ampla Moçambique necessita de melhorar o fornecimento de bens públicos, por forma a facilitar o crescimento inclusivo nas áreas de infra-estruturas, Educação e Saúde e estabelecer redes de segurança adequadamente direccionadas para os mais vulneráveis”.
Por outro lado, aquela instituição financeira internacional realça também a necessidade de o Governo promover uma maior participação dos moçambicanos, desenvolvendo, simultaneamente, sistemas transparentes e imputáveis, para além de acelerar as reformas do ambiente de negócios.
Estas reformas possibilitaram que o último relatório do Banco Mundial melhorasse ligeiramente a posição de Moçambique no Doing Business de 2014, “embora tenha uma posição muito baixa como ponto de partida”, aponta, a terminar, o BIRD.
Sobre o crescimento económico do país registado em 2013, a instituição indica que a taxa de 7% foi impulsionada pelos sectores de transportes e comunicações, serviços financeiros e indústrias extractivas, tendo os fluxos do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) atingido cerca de USD 5,9 mil milhões e aumentado para USD 404 milhões das reservas líquidas externas.
CORREIO DA MANHÃ – 26.01.2015