A ministra da Administração Estatal e Função Pública, Carmelita Namashulua, que facultou esta informação, indicou que a maioria das vítimas deu-se no distrito de Morrumbala, com um total de 26 óbitos, 13 no distrito de Milange, nove no Ile, seis em Gurué, um em Lugela, três em Namacurra, dois em Nicoadala, igual número em Gilé, um em Mocuba e outro em Mopeia.
Neste momento, segundo a edicao de hoje do Diário de Moçambique, descreve-se que, apesar do abrandamento de chuvas, o comportamento das águas ainda é subversivo na bacia do Licungo, onde se regista um enorme volume de escoamento. Assim, o cenário de inundações ainda está longe de ser superado, havendo imenso risco, sobretudo nas imediações de rios.
Os efeitos das chuvas arrastaram pessoas para uma situação dramática- mais de 119.564 pessoas, 5.319 das quais ficaram desalojadas, vivendo em absoluta penúria nos 49 centros de acomodação criados nos estabelecimentos de ensino, igrejas, incluindo no vizinho Malawi.
Segundo confirmou a ministra da Administração Estatal e Função Pública, parte da população assolada pelo efeito devastador das chuvas ao longo do rio Chire, no distrito de Derre, e Morrumbala, preferiram atravessar a linha fronteiriça desaguando no Malawi.
Naquele país, reporta-se que a maioria ressente-se de assistência humanitária, daí que, de acordo com Carmelita Namasshalua, o cônsul moçambicano naquele território vizinho contactou as autoridades no sentido de incluir a população que entrou no Malawi desalojada pelas chuvas.
Nos 49 centros de acomodação em Mocuba, Mopeia, Morrumbala, Maganja da Costa, Ile, Namacurra, incluindo Nicoadala, nem todos reúnem condições de saneamento aceitáveis, expondo as vítimas ao risco de epidemias, devido, por exemplo, à proliferação de mosquitos e imundície.
O nível de incidência de doenças é preocupante, conforme relatos de entidades intervenientes na assistência às vítimas nos centros de acomodação, havendo 107 casos de diarreias diagnosticados, 605 de malária e 149 de uma série de outras enfermidades previsíveis em ambientes degradantes.
FF
AIM – 24.01.2015