A cidade de Cuamba, na província do Niassa, no norte de Moçambique, está sitiada desde o início da manhã de terça-feira, devido a subida dos caudais dos rios Muanda e Ntimbua, com as águas a inundarem os bairros e a provocarem mortes e desabamento de casas.
Além de provocarem mortes e destruições nas casas, as águas criaram cortes nas principais entradas daquela urbe, particularmente na estrada de acesso à cidade de Lichinga e às províncias vizinhas de Nampula e Zambézia.
Na ponte sobre o rio Muanda, segundo apurou o Diário de Moçambique as águas atingiram a ponte e inundaram várias casas.
Para além do desabamento de paredes de residências em número ainda não quantificado, alguns moradores pernoitaram até quinta-feira nas copas das árvores a espera de socorro.
Para esta operação foram mobilizados elementos das Forcas de Defesa e Segurança (FADM) que, com auxílio de duas embarcações a remos conseguiram salvar algumas vidas.
Na terça-feira, primeiro dia das inundações, algumas pessoas terão desaparecido nas águas, incluindo um motorista do FIPAG identificado apenas por Sérgio e três seus vizinhos que, na tentativa de salvar as suas esposas, foram arrastados pelas águas para local incerto.
Também circulam notícias de duas crianças que morreram na terça-feira e de uma menina que depois de cansada de ficar na árvore clamando socorro, acabou caindo na água e arrastada pela corrente.
Outras informações dão conta da morte de cinco pessoas no distrito de Mecanhelas.
MAD/SG
AIM – 16.01.2015