O trafego rodoviário entre as províncias de Nampula e Cabo delgado, está desde Sábado a ser feito de forma condicionada, em virtude do deslizamento dos solos que sustentam uma das extremidades da ponte sobre o rio Lúrio, do lado de Chiúre, através da EN1, em consequência das chuvas que tem estado cair nos últimos dias nas regiões localizadas a montante daquele curso de água.
A nossa reportagem, que esteve ontem no local, constatou que a água da chuva (que quase atingiu o tabuleiro da ponte), movimentaram os solos criando algumas crateras nas extremidades da ponte como atrás fizemos referência, o que periga a travessia de veículos, especialmente pesados, pois que a plataforma da estrada pode ceder e provocar uma tragédia.
A administradora do distrito de Erati, Ângela Benesse explica que “em coordenação com o meu colega do distrito de Chiúre, em Cabo delgado, e sob aconselhamento técnico da administração nacional de estradas (ANE), decidimos a partir de Sábado condicionar o transito de viaturas pesadas, até que a situação seja resolvida, apelamos aos nossos compatriotas que procuram usar a via, para que tenha paciência e que tudo esta sendo feito para reparar o dano”.
Com efeito, alguns camionistas, tal é o caso Júlio da Conceição, camionistas de veiculo articulado que ido de Palma, esta desde ontem retido de outro lado da margem (Cabo delgado), são da opinião de que há excesso de zelo por parte das autoridades.
“O meu camião está vazio, eu acho que pode muito bem passar, não vejo qualquer perigo nisso” – argumentou da Conceição.
Mas o mesmo ponto de vista não é partilhado por Tomas Artur, motorista de uma das empresas de transporte colectivo de passageiros.
“Eu concordo com a ideia de interditar o trafego de pesados, é melhor prevenir que remediar, com tudo peço para que as autoridades governamentais, em coordenação com a ANE, para que acelerem o processo de reparação da ponte porque, conforme pode testemunhar no terreno não está ninguém a fazer trabalho” - disse Artur.
Com efeito, até a altura que a nossa reportagem saiu do local (cerca das 15 horas de ontem), não havia iniciado qualquer intervenção. Segundo apuramos, os técnicos da ANE, que pretendíamos contactar, tinham se deslocado a zona de Chiúre para supostas “negociações” com a empresa que iria fornecer material (pera e brita) para o arranque das obras.
WAMPHULA FAX – 19.01.2015