O CANDIDATO ao poder na Zâmbia Edgar Lungu venceu as eleições presidenciais no país, anunciou ontem a comissão eleitoral zambiana. O Candidato da Frente Patriótica (FP), Edgar Lungu conseguiu 48,33 por cento dos votos, vencendo o seu rival directo, Hakainde Hichilema, do Partido da Unidade para o Desenvolvimento Nacional (PUDN), que obteve 46,67 por cento dos votos no escrutínio realizado na terça-feira.
O anúncio da vitória deste jurista, de 58 anos, foi confirmado pela presidente da comissão eleitoral da Zâmbia, Ireen Mambilima.
O novo Presidente da Zâmbia foi ainda ontem empossado no cargo perante milhares de cidadãos no Estádio Nacional na capital Lusaka, tornando-se no sexto chefe de Estado do país depois desta vitória apertadíssima.
Lungu prestou juramento colocando a mão direita na bíblia diante de milhares de apoiantes em júbilo, chefes de Estado da região e diplomatas. Na cerimónia de tomada de posse estiveram igualmente os antigos chefes do estado zambiano ainda vivos, nomeadamente Kenneth Kaunda e Rupiah Banda.
Lungu depois fez o seu discurso de posse em que começou por saudar o seu antecessor, o falecido presidente Michael Sata, tendo, em seguida, declarado que “estou orgulhoso por ser confiado pelo povo da Zâmbia” para ocupar o cargo de Presidente.
No entanto, Hakainde Hichilema, numa reacção ao anúncio, considerou o acto “um simulacro” de eleições, já que o escrutínio ficou marcado por atrasos.
Empresário de 52 anos, que disputava as eleições pela quarta vez, Hichilema acusou o rival de lhe ter roubado a vitória.
O novo Presidente irá dirigir este país da África Austral até Setembro de 2016, data do fim do mandato do anterior Chefe de Estado, Michael Sata, que faleceu em Outubro do ano passado.
Edgar Lungu, antigo ministro da Defesa e um proeminente jurista, sucede a governação interina de Guy Scott, um zambiano de ascendência escocesa, que não pôde concorrer por impedimentos constitucionais, porque a lei-mãe zambiana estipula que filhos de pais não zambianos não podem concorrer à Presidência.
Embora Scott tenha mantido relações estreitas com o finado Sata, as ligações com o Presidente-eleito são descritas como sendo “pouco cordiais”, apesar de ambos pertencerem ao mesmo partido político.
Em Novembro passado, Scott demitiu Lungu do cargo de Secretário-geral da Frente Patriótica, accão que mergulhou o país numa crise com milhares de cidadãos a saírem à rua a exigirem a recondução de Lungu.
NOTÍCIAS – 26.01.2015