Os ex trabalhadores moçambicanos da antiga RDA, vulgarmente tratados por "madgermane's" tomaram de assalto por volta das 13 horas de hoje a sede da Sociedade Notícias onde também funciona a redacção do jornal pró governamental Domingo, para contestar uma falsa informação publicada naquele jornal, segundo a qual os "madgermane's" estão ser instrumentalizados pelo embaixador alemão para fazerem marchas pró Renamo. Os madgermane's que exigem suas indemnizações com marchas semanais há mais de 20 anos, não gostaram da falsa propaganda, e pediram um encontro com o chefe da redacção do domingo, Alfredo Dacala. Mas este, nunca se dignou em recebe-los, mostrando sempre indisponibilidade.
Esta quarta-feira, todo o grupo de "madgermane's" decidiu invadir o "domingo" e procurar pelo chefe da redacção. Quando chegaram à recepção, toda redacção foi informada da "visita surpresa" e todos os responsáveis incluindo jornalistas começaram a fugir e a trancarem-se nos gabinetes com medo do grupo. Os madgermane's informaram que não pretendiam mais nada senão falar com o Chefe da redacção para repor a verdade. Assim começaram a descer um por um, e reuniram-se na recepção e o domingo comprometeu-se a pedir desculpas pela notícia inventada.
Não é a primeira vez que os órgãos pró governamentais simplesmente inventam notícias sobre marchas, violência e embaixadores. Em finais do ano passado a RM, jornal Público e a TVM também inventaram uma reunião de concertação de marchas envolvendo o embaixador dos Estados Unidos da América. É caso para dizer que desta inventaram sobre o alvo errado.
CANALMOZ - 21.01.2015
A notícia em causa:
Nas últimas semanas de Dezembro passado, no Jardim 28 de Maio, vulgo “jardim dos Madjermanes”, em Maputo, vimos os nossos irmãos há tempos regressados da RDA em confabulação com a Polícia, querendo marchar a todo o custo, apesar de as autoridades desencorajar tal manifestação por não estarem reunidas as condições para o fazerem.
Vimo-los com ânimos exaltados nas câmaras de televisão, enfrentando o comandante policial da esquadra que superintende a área.
“Queremos marchar. Isto é abuso. Se marchamos sempre, porque não podemos marchar agora”, etc. que tal, eram os argumentos que estavam a ser apresentados em frente às câmaras de televisão. Da tal atitude, o que não se sabia era o que estava por detrás e “Bula Bula” só ficou a saber do resto da missa esta semana por via de um grupo destes nossos compatriotas que laboraram durante anos nas terras germânicas.
Afinal, tal atitude foi motivada pelo facto de o bávaro ter voltado à carga com eles, exigindo resultados. Disseram-nos que o homem continua a instigar a associação para “intensificar a pressão sobre o Governo”, pois terá ficado desiludido com eles pelo facto de não terem acatado as instruções que deu no dia 8 de Outubro último, no famoso jardim, quando na companhia da sua costela, tentou persuadi-los a manifestarem publicamente o seu apoio à “perdiz”, uma semana antes da realização do pleito eleitoral.
O grupo que contactou Bula Bula afiançou que o bávaro está mancomunado com um certo constitucionalista que se constitui advogado da associação e que, pelos visto, quer avançar com um processo judicial contra o Governo moçambicano em defesa(?) do grupo.
Bula Bula deixa as seguintes questões: o que faz correr o bávaro? Ele agirá a solo ou a mando da chanceler?