MINISTRO dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, disse ontem, em Maputo, ter constatado com muita tristeza a lentidão do processo de registo de cartões dos utilizadores da telefonia móvel em Moçambique.
Volvidos mais de três anos desde que o Governo orientou as empresas do sector no sentido de procederem ao registo dos cartões só agora é que se está a caminho da metade dos cerca de 19 milhões de clientes de telefonia móvel no país.
Carlos Mesquita, que falava a jornalistas após visitar as instalações do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), disse ter instruído a Direcção da instituição para se reunir, ainda ontem, com as três empresas de telefonia móvel para se inteirar das razões de tanta demora no registo dos cartões, um processo que, nas suas palavras, há muito devia ter sido concluído.
“O grande desafio é o registo dos cartões, que já devia ter sido concluído, numa responsabilidade que cabe às operadoras de telefonia móvel. Desde que essa instrução foi dada, há sensivelmente três anos, o índice de registo é bastante baixo, isto é, ainda está abaixo dos 50 por cento”, disse o ministro.
Para o governante, o actual nível de registo é “inaceitável”, havendo necessidade, urgentemente, de reverter esta situação para que se possa ter a tranquilidade necessária sob ponto de vista de dados dos utilizadores, facilitando, dessa forma, o trabalho das outras instituições do Estado, que precisam desse tipo de informação.
Instado a falar de prazos de conclusão do processo de registo, Carlos Mesquita disse que o Governo vai conceder mais um mês para que as empresas melhorem o seu índice de cadastro dos cartões.
“Não sabemos que problemas estão a enfrentar para o registo, mas penso que com os três anos que já passaram mais um mês que estamos a conceder agora podemos conseguir elevar esse nível e continuarmos a trabalhar para, o mais rápido possível, conseguirmos uma cobertura de 100 por cento”, frisou Mesquita.
Em relação à fiabilidade da rede o ministro explicou que esta questão depende de muitas coisas, com destaque para a gestão das infra-estruturas instaladas, tendo em conta o aumento da procura dos serviços.
No seu primeiro contacto com o INCM o governante inteirou-se do processo de migração do sistema analógico para o digital, que deve acontecer a partir de Junho deste ano, num processo faseado, começando pelas principais cidades até às outras áreas. Na ocasião Carlos Mesquita assegurou que tudo está a ser acautelado para que a transição ocorra sem grandes sobressaltos.
NOTÍCIAS – 31.01.2015