Os ministros e vice-ministros nomeados pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, para constituir o novo elenco governamental tomam posse na segunda-feira, informou hoje a presidência.
A cerimónia da tomada de posse terá lugar às 14:00 (12:00 em Portugal) no palácio da Ponta Vermelha, residência oficial do chefe de Estado, segundo um comunicado enviado à Lusa.
O Presidente da República, investido na quinta-feira, anunciou hoje a nomeação de Carlos Agostinho do Rosário, embaixador na Indonésia e Timor-Leste, para o cargo de primeiro-ministro.
Adriano Maleiane é o novo ministro da Economia e Finanças, depois de ter sido governador do Banco de Moçambique, administrador da Visabeira em Moçambique e diretor-executivo do Banco Nacional de Investimento, cargo que exercia até ao momento.
O general Atanásio Ntumuke será o titular da Defesa, Oldemiro Balói mantém-se como chefe da diplomacia e a pasta do Interior foi atribuída a Jaime Basílio Monteiro, ex-vice-comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).
Pedro Conceição Couto, vice-ministro das Finanças do anterior executivo, vai tutelar os Recursos Minerais e Energia, enquanto José Pacheco se mantém na Agricultura e Celso Correia, ex-administrador do BCI e líder da Insitec, um dos maiores grupos empresariais moçambicanos, vai ser ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural.
O novo primeiro-ministro foi exonerado, num despacho presidencial de sexta-feira, de todos os seus cargos diplomáticos, que incluíam a representação de Moçambique, desde 2010, na Indonésia, Timor-Leste e Tailândia, além de alto-comissário para a Malásia e Singapura.
Carlos Agostinho do Rosário foi ministro da Agricultura e governador da Zambézia e ainda embaixador de Moçambique na Índia e esteve presente na cerimónia de investidura de Filipe Nyusi.
O novo executivo terá 22 ministros, menos sete do que o anterior, cumprindo uma promessa de Filipe Nyusi no discurso da tomada de posse, durante o qual garantiu também seguir o critério do mérito e profissionalismo para as suas nomeações, bem como intransigência em relação à má conduta, corrupção, nepotismo e clientelismo entre os funcionários do Estado.
Após a divulgação da lista dos novos governantes, os dois principais partidos de oposição acusaram Filipe Nyusi de contrariar o seu discurso de posse e nomear um Governo de base partidária.
Lusa - 17.01.2015