ZÂMBIA elege hoje o seu Presidente, que sucederá a Michael Sata, morto no final de Outubro de 2014, num sufrágio que se prevê renhido, sem certezas para o candidato do poder.
A chefia do Estado é disputada por 11 candidatos, sendo favoritos o ministro da Defesa, Edgar Lungu, de 58 anos, e o empresário Hakainde Hichilema, de 52.
A Frente Patriótica (FP) no poder apresenta à votação Lungu, considerado próximo do povo, mas pouco carismático.
O seu principal rival é o candidato do Partido Unido pelo Desenvolvimento Nacional (UPND), Hichilema, que já falhou por três vezes a eleição para Presidente.
Segundo a Agência Lusa, os dois candidatos defendem a economia de mercado e prometem lutar contra a pobreza, atraindo investidores e criando empregos.
A principal riqueza deste país da África Austral de cerca de 15 milhões de habitantes é o cobre, do qual é o maior produtor do continente.
Segundo os dados do Banco Mundial, apesar de uma economia em crescimento nos últimos anos, pelo menos 60 por cento da população da Zâmbia vive com menos de dois dólares por dia.
Edgar Lungu anunciou na última semana a intenção de, caso ganhe as eleições presidenciais, formar um Governo de união nacional, incluindo a oposição mas também adversários no interior da FP que se dividiu na sua escolha como candidato.
Harainde Hichilema pretende aproveitar as disputas internas no partido governamental para lhe tirar o poder.
Apesar da imagem desastrosa da FP resultante das querelas internas, Lungu tem a vantagem de representar o Governo no poder e poderá ainda beneficiar de votos de simpatia devido à memória de Sata, considera o analista político Neo Simutanyi.
Hichilema, no entanto, é um veterano das campanhas presidenciais, reputação que poderá ajudá-lo a reunir numerosas vozes da oposição.
NOTÍCIAS – 20.01.2015