A Comissão Política da Frelimo (CPF) lamenta a morte do General na Reserva José Moiane, vítima de doença, e refere que Moçambique perdeu um dos seus melhores filhos.
Nascido em Lhanguene, Distrito de Xai-Xai, na Província de Gaza, no dia 28 de Novembro de 1935, José Phalhane Moine morreu na madrugada de 19 de Fevereiro de 2015, vítima de doença.
Em comunicado de imprensa recebido pela AIM, a CPF avança que José Moiane, cresceu privado dos seus direitos de cidadania, e sujeito à discriminação, à exclusão e à exploração praticados pelo regime colonial.
Devido ao seu elevado espírito de auto-estima, muito cedo despertou, o espírito nacionalista, tendo abandonado o conforto da sua família, para se juntar à causa a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) a 18 de Novembro de 1963 em Dar-es-Salam, na Tanzânia, lê-se no documento.
Moiane realizou a sua formação político-militar em Nachingwea na Tanzânia e na República Popular da China.
Combatente consequente, devido à sua entrega, coragem, firmeza e determinação assumiu elevadas responsabilidades durante a Luta de Libertação Nacional, tendo desempenhado as funções de chefe das operações militares na Província do Niassa de 1965 a 1968, chefe das operações militares em Tete de 1969 a 1971 e chefe do Departamento de Defesa (DD) na Província de Tete de 1974 a 1975, refere o comunicado.
Após a proclamação da Independência Nacional, desempenhou um papel fundamental no processo de criação e construção do Estado Moçambicano, tendo desempenhado as funções de Governador e Presidente da Assembleia Provincial de Manica de 1975 a 1977, Governador e Presidente da Assembleia Provincial de Maputo de 1977 a 1988 e de Deputado da Assembleia Popular de 1975 a 1988.
Simples, humilde e de trato afável José Moiane, esteve sempre comprometido com as causas sociais, com o desenvolvimento do espírito de solidariedade, tendo exercido a nobre missão de Presidente da Cruz Vermelha de Moçambique e de Secretário do Comité para Amizade com os povos de África e América na AMASP de 1987 a 1988.
Moiane sacrificou a sua juventude pela causa nacional, tendo dedicado toda a sua vida à pátria moçambicana, sendo uma referência nacional, um exemplo de auto-estima, nacionalismo, patriotismo e humanismo.
Por isso, neste momento de dor e de luto, o Presidente da FRELIMO, a Comissão Política, apresentam as mais sentidas condolências à família enlutada, e expressam a sua solidariedade.
MAD/sg
AIM – 20.02.2015