A garantia, segundo escreve a Rádio Moçambique (RM), emissora pública, foi dada pelo Ministro dos Transportes e Obras Públicas, Francis Kasaila.
O governante malawiano reiterou que Moçambique e Zâmbia são os principais parceiros deste projecto, que está dependente do estudo de impacto ambiental, como pré-condição para os passos subsequentes.
O estudo vai fornecer elementos para se determinar se a navegabilidade dos rios Chire e Zambeze é viável ou não do ponto de vista ambiental.
Francis Kasaila disse que as partes envolvidas no projecto deverão analisar as propostas dos consultores para que seja tomada uma decisão definitiva.
A estratégia dos malawianos é tornar navegáveis os rios Chire e Zambeze para o transporte fluvial das suas importações e exportações, até ao porto de Chinde, numa distância de 240 quilómetros.O governo de Lilongwe acha que esta via poderá baixar o custo dos produtos em 60 por cento.
Malawi é um país sem acesso directo ao mar, facto que contribui significativamente para o elevado custo dos bens e serviços, sobretudo os produtos petrolíferos.
De acordo com as obrigações internacionais, Moçambique deve facilitar o acesso ao mar aos países do hiterland.
Desde 2010, o projecto fluvial Chire-Zambeze não tem vindo a registar progressos muito por culpa do Malawi que pretendia navegar os dois cursos da água sem a realização do estudo de impacto ambiental, conforme vem estipulado no Memorando de Entendimento assinado com Moçambique.
O presidente do Malawi, Peter Mutharika, assegurou que todos os projectos desenhados durante a administração do seu falecido irmão, Bingu wa Mutharika, seriam retomados, incluindo a navegabilidade do Chire e Zambeze.
Como parte desta iniciativa, o governo do Malawi construiu o porto de Nsanje, avaliado em 20 milhões de dólares norte-americanos, e inaugurado em Outubro de 2010, mas até agora está inoperacional.
FF
AIM – 06.03.2015