César Aira (Argentina), Hoda Barakat (Líbano), Maryse Condé (Guadalupe), Amitav Ghosh (Índia), Fanny Howe (EUA), Ibrahim al-Koni (Líbia), Lázló Krasznahorkai (Hungria), Alain Mabanckou (República do Congo) e Marlene van Niekerk (África do Sul) são os restantes finalistas candidatos ao prémio.
Segundo escreve hoje o Noticias de Maputo, nenhum dos escritores seleccionados foi finalista de qualquer edição anterior do prémio e a proporção de escritores traduzidos em inglês é a maior de sempre, cifrando-se em 80 por cento, refere a organização.
Os finalistas foram anunciados pela presidente do júri, Marina Warner, numa conferência de imprensa realizada na cidade do Cabo, na África do Sul.
O júri do prémio Man Booker International Prize 2015, constituído por escritores e académicos, integra a romancista Nadeem Aslam, o romancisto, crítico e professor de Literatura Inglesa na Universidade de Oxford, Elleke Boehmer, o director da revista New York Classics Séries, Edwin Frank e pelo professor de Literatura Árabe Comparada na Universidade de Londres ,Wen-chin Ouyang.
Na cerimónia de anúncio dos finalistas o presidente da Fundação Booker Prize, Jonathan Taylor, disse que o organismo está muito orgulhoso de patrocinar o galardão que tem um papel muito importante na promoção da excelência literária.
O anúncio do vencedor do prémio 2015 decorrerá durante uma cerimónia a realizar no Museu Victoria and Albert, em Londres, a 19 de Maio.
O prémio é considerado um dos mais importantes do mundo literário, tendo sido já vencido por nomes como William Golding, Salman Rushdie, Ian McEwan ou Eleanor Catton.
Instituído em 1969, esta é a primeira vez em que um autor de língua portuguesa está nos finalistas anunciados pela organização.
Entretanto, segundo escreve ainda o Noticias, Mia Couto manifestou surpresa com a sua selecção para a lista dos finalistas do Man Booker International Prize, assinalando que se trata de um prémio com prestígio internacional.
Recebo a notícia com surpresa, seria uma arrogância e de uma vaidade se dissesse o contrário. Trata-se de um prémio com prestígio internacional, afirmou.
O escritor enfatizou que a presença de quatro africanos entre os 10 finalistas mostra o valor da literatura africana, da qual, no seu entender, não se esperava muito.
África era um continente de futebolistas, dançarinos e escultura, da literatura não se esperava muito, frisou.
FF
AIM – 25.03.2015