O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, exigiu hoje da polícia uma resposta adequada e oportuna ao crime organizado, apontando os raptos, assaltos à mão armada e o tráfico de drogas e de pessoas como desafios às autoridades.
Nyusi desafiou a Polícia da República de Moçambique (PRM) a empenhar-se no combate ao crime, quando discursava durante a x cerimónia de graduação de oficiais da PRM licenciados em Ciências Policiais e do Curso de oficiais da polícia de fronteiras.
"Devemos ficar atentos ao crime organizado numa manifestação rápida actualmente caracterizada por sofisticação de raptos, assaltos à mão armada, bem como tráfico de drogas e de seres e órgãos humanos", frisou Filipe Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano assinalou que a crescente tendência de exploração ilegal de recursos naturais, a caça furtiva e imigração ilegal são outros ilícitos que devem merecer a atenção dos agentes da lei e ordem. Devido à dimensão da criminalidade, observou Filipe Nyusi, o sistema de administração da justiça deve empreender uma ação coordenada e integrada contra práticas criminosas.
"Estamos perante desafios que exigem da Polícia da República de Moçambique uma resposta adequada e oportuna. Os actos ilícitos exigem uma acção coordenada e integrada do Sistema de Administração da Justiça", sublinhou Filipe Nyusi.
Paralelamente às ações de combate ao crime, os agentes da lei e ordem devem atuar na prevenção, acrescentou Nyusi.
A referência do chefe de Estado moçambicano aos raptos, como um dos desafios para a administração da justiça em Moçambique, acontece num dia em que a capital moçambicana é abalada por mais um rapto, que teve como vítima uma portuguesa de 19 anos raptada hoje no centro de Maputo, segundo avançou a televisão privada STV.
Contactado pela Lusa, o Consulado Geral de Portugal em Maputo confirmou que se trata de cidadã portuguesa e moçambicana, acrescentando que já está a ser prestado apoio à família.
Segundo a STV, o crime ocorreu hoje de manhã no centro de Maputo, após a simulação de um acidente, e envolveu troca de tiros entre a segurança privada da mulher e filha de um comerciante na capital moçambicana, e os raptores.
PMA (HB) // APN
Lusa – 20.03.2015