Dois cidadãos moçambicanos perderam a vida na manhã de quinta-feira vítimas de violência xenófoba na região de Durban, província de Kwazulu-Natal, na África do Sul.
A informação, segundo o Notícias, veiculada pela Rádio Moçambique, foi confirmada pelo Consulado-Geral de Moçambique em Durban, e é o corolário do agravamento dos ataques xenófobos por parte de cidadãos sul-africanos contra estrangeiros, particularmente moçambicanos.
Actualmente 500 cidadãos estrangeiros, maiormente moçambicanos, foram acolhidos num centro reservado a cidadãos estrangeiros vítimas de violência xenófoba.
Entretanto, o governo sul-africano anunciou que vai ajudar todos os cidadãos estrangeiros expulsos das suas casas no âmbito da violência xenófoba, uma semana depois de ataques e saques aos seus estabelecimentos comerciais, próximo da cidade de Durban.
O Ministro sul-africano dos Assuntos Internos, Malusi Gigaba, fez esta promessa ao visitar as vítimas alojadas em tendas num campo desportivo na região de Isipingo, o epicentro deste levantamento. O governo poderá apoiar as vítimas a regressarem aos seus países de origem, se esse for o desejo delas.
Os ataques e saques a estabelecimentos comerciais de cidadãos estrangeiros em Isipingo aconteceram dias depois de o rei zulu Goodwill Zwelithini, o líder tradicional mais importante na província de Kwazulu-Natal, ter dito que os imigrantes devem fazer as malas e deixar a África do Sul.
A violência contra cidadãos estrangeiros na África do Sul conheceu o seu ponto mais alto em 2008, com a morte de sessenta e duas pessoas. Ainda assim a violência continua a registar-se de forma esporádica em bairros suburbanos, principalmente contra cidadãos somalis, bengalis, etíopes e congoleses.
ht/sg
AIM – 10.04.2015