Editorial
SÍMBOLO DO INEXISTENTE
A tocha de fogo vai correr desde Namatil, por cerca de 100 dias, a simbolizar uma Unidade Nacional que deveria ser revelada desde a cerimónia do seu lançamento, mas a frelimização do Governo não deixou de cumprir o ritual de asfixiamento constante dos demais partidos, não obstante os discursos então proferidos, que falavam de não exclusão, tentavam acusar de auto-exclusão, e criar a ilusão de que estamos todos lá incluídos.
Estamos incluídos num programa em que o protocolo nacional não tem olhos para reconhecer os nossos chefes e os enquadrar, para que tenham também a honra de pegar nessa tocha de fogo, e a passar para outro concidadão. Incluídos para fazer número, excluídos para desfrutar das honras. Aquela pseudo-inclusão a que estamos habituados. Aquela que obriga aos sacrifícios, às responsabilidades, ao trabalho, mas que frelimiza todos os benefícios e as oportunidades de desenvolvimento.
Até para pegar numa tocha de fogo é preciso ser da FRELIMO. E isto é feito por entre discursos que exortam à unidade nacional. De que valem final, as palavras, quando elas são desmentidas pelos actos?
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