Um estudo envolvendo cientistas moçambicanos, alemães e norte-americanos revela que os mangais do delta do rio Zambeze, centro de Moçambique, aumentaram cerca de quatro mil hectares em 20 anos, e conservam uma média de 472 toneladas de carbono por hectare.
Segundo os resultados da pesquisa, intitulada "Projeto de Carbono do Mangal do Delta do Rio Zambeze", a área de mangal "aumentou aproximadamente quatro mil hectares ao longo dos últimos 20 anos", refere um comunicado da embaixada dos EUA em Maputo, país que financiou o levantamento.
Os investigadores também identificaram que entre 45% e 74% do carbono identificado na região localizam-se nos solos e o restante na vegetação florestal.
De acordo com a nota de imprensa, o diretor da USAID (Agência dos EUA para o Apoio ao Desenvolvimento), Alex Dickie, afirmou no seminário de divulgação dos resultados da pesquisa que Moçambique precisa de criar condições de monitorização e proteção das suas florestas.
"As florestas de mangal também estão entre os habitats mais ameaçados do mundo. Moçambique tem uma das maiores redes de florestas de mangal em África e está a fazer grandes progressos para proteger este importante habitat", afirmou Dickie.
Todos os dados reunidos durante o projeto serão fornecidos à Direção Nacional de Terras e Florestas, para serem incluídos no inventário florestal nacional atualmente em curso.
O projeto foi realizado pela WWF-Moçambique (Fundo Mundial para a Natureza), DNTF, Universidade Eduardo Mondlane, WWF-Alemanha e o Serviço Florestal dos EUA (USFS).
PMA // PJA
Lusa – 13.04.2015