Se temos poucos moçambicanos nos locais com ocorrência de garimpo por que é que não deportamos os estrangeiros, por sinal, que são maioria nesta actividade nociva ao ambiente e à nossa economia?- questionou o governador, para quem não faz sentido conviver com pessoas que não respeitam as leis moçambicanas e disputam os nossos recursos, sem quaisquer recompensas.
Segundo escreve hoje o Noticias, na actuação para o combate ao garimpo o governador de Manica destacou a necessidade de criação de sinergias entre o Governo e a sociedade civil, tudo na perspectiva de eliminar aquele fenómeno, que tem vindo a causar graves problemas ao ecossistema com a poluição dos rios, a devastação de solos e na criação de graves problemas ambientais.
O governante afirmou haver condições suficientes para a eliminação da mineração nociva, para o que, conforme considerou, tudo depende da preocupação dos demais intervenientes no combate a este mal. Disse ser necessário proactividade neste desafio, considerando ser de importância crucial não descurar a contribuição das comunidades locais no combate ao flagelo.
Não podemos sofrer enquanto somos capazes de combater o problema, exortou o governador, para quem todos devem primar pela lei e ordem e não deve haver tolerância àqueles que, de forma deliberada, devastam os nossos recursos naturais e o ambiente e disputam as nossas riquezas.
Pelo menos 76 dos 80 garimpeiros detidos em conexão com os confrontos ocorridos em Chitunga são estrangeiros oriundos do vizinho Zimbabwe.
Na província de Manica estima-se que esteja a operar um milhão de operadores ilegais de ouro, 600 dos quais em Chitunga, na sua maioria estrangeiros. Estes indivíduos são hostis à presença policial nas zonas de operação, chegando ao ponto de agredir agentes da lei e ordem afectos ao sector de controlo dos recursos naturais e ambiente.
Usando pedras e outros instrumentos contundentes, os garimpeiros feriram há dias vários membros da Polícia, facto que obrigou a corporação a recorrer à força das armas para demover os mineradores ilegais a pararem com as agressões físicas contra elementos da autoridade. Foi nestas circunstâncias que dois destes operadores ilegais foram atingidos mortalmente.
Segundo ainda o Noticias, tanto os nacionais como os estrangeiros correm o risco de ser condenados a penas pesadas quando os processos que os foram instaurados tiverem o veredicto do tribunal.
FF
AIM – 15.04.2015