O MEMBRO da Comissão Política da Frelimo, o general Alberto Chipande, disse ontem que a morte do antigo secretário executivo do Comité de Libertação da OUA, Hashim Mbita, constitui um duro golpe para África.
Chipande sublinhou que o tanzaniano Mbita foi decisivo na libertação dos povos africanos, particularmente da África Austral, e em especial do povo moçambicano.
O veterano da luta de libertação nacional falava após a assinatura do livro de condolências pela morte do antigo secretário executivo do Comité de Libertação da Organização da Unidade Africana, que durante vinte anos desempenhou um papel importante para a independência de muitos países africanos, incluindo Moçambique.
Segundo Alberto Chipande, Hashim Mbita vivia com os moçambicanos, zimbabweanos e sul-africanos como se vivesse com os tanzanianos, porque tinha a tarefa de conduzir África na sua luta de libertação.
Hashim Mbita, segundo Alberto Chipande, fez com que Moçambique, Angola, Zimbabwe e África do Sul lograssem alcançar as suas independências, dando apoio moral e material aos movimentos de libertação desses países.
“Em Moçambique Hashim Mbita visitou as províncias de Cabo Delgado, Niassa e Tete ainda em plena guerra de libertação para dar apoio moral e material aos combatentes da luta de libertação nacional” - frisou Alberto Chipande.
Mbita faleceu este domingo em Dar-es-Salaam, na Tanzania, aos 74 anos de idade, vítima de doença.
Hashim Mbita foi secretário executivo do Comité de Libertação da OUA desde 1974 até às eleições democráticas na África do Sul em 1994.
O funeral de Hashim Mbita realiza-se hoje em Dar-es-Salaam.
NOTÍCIAS- 29.04.2015