À medida que o tempo passa, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, vai ganhando o compasso e começa a marcar, verdadeiramente, o seu território.
Durante o comício popular que orientou ontem na vila-sede do distrito de Marracuene, na província de Maputo, deixou claro que “não gostaria de pedir, ajoelhar, a um outro moçambicano ‘quero paz’, porque esse moçambicano, qualquer de nós, tem a obrigação de trazer paz para este país”.
Não é preciso ser estudioso para perceber que esta mensagem tem um destinatário que é Afonso Dhlakama, que desde que iniciou o seu périplo pelas províncias do Centro e Norte do país vai disseminando a ideia de formação de um governo paralelo, com base nos resultados das eleições gerais realizadas ano passado.
Não obstante essa proposta estar na Assembleia da República, onde deverá ser discutida e votada (a favor ou não), verdade, porém, é que cá fora se nota uma bipolarização do debate, com Afonso Dhlakama a julgar que a chave para Nyusi levar o povo à terra da paz está nas suas mãos, e, por outro lado, agora, o Presidente da República a mostrar que neste país ninguém tem o direito de promover a desordem social.
O PAÍS – 23.04.2015
NOTA:
Esta afirmação de Filipe Nyusi (sem papel e emocionado) não será antes consequência da “derrota” que as FADM sofreram em Guijá? É que a FRELIMO só sabe existir enquanto tiver um “inimigo” pela frente. Físico ou virtual!
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE