O PRESIDENTE sul-africano, Jacob Zuma, destacou três ministros para trabalharem com o Governo da província de KwaZulu-Natal (KZN) para deter a violência e sentimento anti-estrangeiros que há várias semanas atinge algumas áreas residenciais de Durban.
Em comunicado emitido ontem, dia 12, pela Presidência sul-africana, no qual Zuma informa ter enviado os ministros do Interior, Malusi Gigaba, da Polícia, Nathi Nhleko, e da Segurança do Estado, David Mahlobo, à KwaZulu-Natal e “condena veementemente a violência contra cidadãos estrangeiros, bem como a destruição de propriedades e os saques de lojas em Durban e em qualquer parte da República”.
Já na sexta-feira, o Presidente sul-africano havia dito que nenhuma dificuldade económica ou descontentamento dos cidadãos sul-africanos justifica os ataques contra os estrangeiros.
Um milhar de imigrantes abandonou as suas casas após uma série de ataques desde o início de Abril corrente em Durban, avançou a Polícia sul-africana.
Várias lojas de estrangeiros situadas nos bairros de Isipingo e Chatsworth, onde a onda de violência começou há duas semanas, foram pilhadas e saqueadas.
Os incidentes estenderam-se posteriormente às zonas de KwaMakhutha e de Umlazi, no sul do Grande Porto Oriental.
Esta violência teve início poucos dias depois de o rei zulu, Goodwill Zwelithini, a mais alta autoridade tradicional de KwaZulu-Natal, ter desafiado os estrangeiros “a fazer as suas malas e ir embora” do país.
Entretanto, o rei, que diz ter sido mal citado pela Imprensa, denunciou no final da semana passada a ganância, a xenofobia e o tribalismo, dizendo que eles são a força por trás de relatos destrutivos, estrago de propriedades e perda de vidas humanas.
Goodwill Zwelithini disse que os sul-africanos – e, sobretudo, pessoas de KZN – devem evitar as armadilhas da xenofobia e do tribalismo, pois isso poderá resultar num genocídio do estilo ruandês.
NOTÍCIAS – 13.04.2015