EDITORIAL - PODER MILITAR MATA O POVO
Passam alguns meses desde que Dhlakama e Nyusi estiveram sentados a sós numa sala, buscando alcançar soluções para a crise eleitoral instalada devido à roubalheira de votos, envolvendo o partido Frelimo, STAE, CNE e Conselho Constitucional- CC. Esse encontro parecia tão promissor para a desejada alegria na nossa Pátria Amada. Quando se pensava que Moçambique tinha descoberto o caminho do entendimento que conduziria o país à paz duradoira, apareceu um novo obstáculo: os inimigos da pátria tomaram posição contra a vontade do povo. Um general que durante muitos anos foi tratado com dignidade e prestígio que jamais mereceu. Foi considerado como marco da luta pela independência nacional, acumulando títulos e honras, coisa essa que afinal era mentira.
Hoje, ele é conhecido como ferrenho opositor da diversidade de ideias e é conotado como sendo o principal dominador do Governo liderado por Nyusi, estando a empurrar o país para a guerra como forma de se manter a oligarquia. Diz-se de boca cheia que este General impediu a concretização do entendimento entre os Presidentes Nyusi e Dhlakama. Afirma-se que o mesmo decidiu contra a aprovação da proposta da Lei sobre as Autarquias Provinciais, tendo ameaçado os seus pares do partido dizendo: “ Eu sou General pá, não brinquem comigo…”. Foi assim que um belo projecto que traria um ar fresco na vida dos moçambicanos foi reprovado por uma maioria resultante de burla eleitoral. Na verdade a Frelimo não tem legitimidade de chumbar nada e se o faz, é mesmo por arrogância.
É que tão logo começaram as digressões do Presidente Dhlakama pelas províncias que nele votaram no centro e norte do país, a autonomia começou a ser desenhada e o povo começou a vêr a concretização do sonho de ser dono do seu próprio destino. E pelos vistos, é irreversível.
Depois da submissão do projecto proposto pela RENAMO sobre as autarquias provinciais, algo que enervou muito a Frelimo e principalmente o General proeminente do momento, uma movimentação desusada do exército começou, com batalhões a serem colocados em posições cada vez mais próximas dos locais onde o pessoal de guarda da RENAMO se encontra estacionado à espera da sua desmobilização e enquadramento no exército e na polícia.
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