A Anadarko Moçambique, empresa do ramo de exploração do gás e petróleo, afirma estar determinada avançar para a fase de investimento final no projecto de construção de duas unidades de liquefação daquele hidrocarboneto na Bacia do Rovuma, cujas obras de construção deverão durar quatro anos.
Para o efeito, a companhia está a trabalhar com o governo moçambicano para a conclusão dos acordos e, uma vez encerrados, avançar-se-á para o capítulo de investimentos calculados em 20 biliões de dólares americanos.
Aliás, a Anadarko anunciou recentemente a selecção de um consórcio composto pela CB&I, Chiyoda Corporation e Saipem (CCS JV) para o desenvolvimento inicial do parque de Gás Natural Liquefeito (GNL) onshore em Moçambique.
Na ocasião, a companhia disse que a selecção do CCS JV para o desenvolvimento de um parque de GNL constituía um passo importante para alcançar a Decisão Final de Investimento, assim como mostrava o seu compromisso contínuo em avançar com o projecto.
Don MacLiver, vice-presidente da Anadarko, disse no final da audiência concedida hoje, em Maputo, pelo Primeiro-Ministro, Agostinho do Rosário, que as conversações com o executivo moçambicano visam garantir o desenvolvimento efectivo do projecto.
Há acordos que temos de concluir para assegurar que possamos explorar e produzir o gás, pois queremos uma garantia de que podemos executar um projecto desta magnitude de forma eficiente e eficaz, disse MacLiver.
Em relação as actividades em curso no terreno, a fonte disse que o trabalho físico ainda não começou por estar dependente dos contactos com o governo, aliás, as actividades de vulto vão arrancar nessa altura, mas há alguns trabalhos em curso na forma de actividades de engenharia.
A Anadarko lidera um consórcio para a exploração de hidrocarbonetos na Área 1 da Bacia do Rovuma no distrito de Palma, onde as estimativas apontam para pelo menos 75 triliões de pés cúbicos de gás natural na área.
Ainda na ocasião, a fonte desmentiu categoricamente as informações ventiladas recentemente segundo as quais estaria com intenções de vender as suas acções em Moçambique assim como estaria inclusive a negociar com alguns bancos dentro e fora do país.
As mesmas, segundo MacLiver, não passaram de rumores porquanto de seguida contratou uma empresa que vai construir a unidade de produção, reflexo do seu interesse em avançar com o projecto e determinada a ver os primeiros frutos da sua produção.
LE/DT
AIM – 22.05.2015