CRISE ECONÓMICA DEPENDENTE E POLÍTICA DE MOÇAMBIQUE
Num contexto geral do nosso País parece tudo estar bem, mais a gente vive uma crise generalizada do ponto de vista económico, politico e social. Umas das perguntas mais fluentes do meu quotidiano são seguintes: Como é promovido o desenvolvimento Estatal do nosso País? Como foi solucionada a guerra civil que durou 16 anos em Moçambique? Estas e outras interrogações veem no meu dia – a – dia.
Um dos aspectos ligado à falta de desenvolvimento do nosso País é a falta da capacidade de gerenciamento e de empreendimento dos nossos recursos para alavancar o desenvolvimento para além da técnica qualificada, metodológica e tecnológica de forma racional e sistemática. Até agora acho absurdo que em Moçambique exista pessoas sem se beneficiar da corrente elétrica uma vez que Cahora Bassa é nossa. Para, além disto, é inconcebível saber que os usuários da energia elétrica tenham problemas sérios no fornecimento e na qualidade. Outro problema que não chego a acreditar é saber que essa energia é transformada na África do Sul.
Lembrei-me de uma autora Maria Harnecker Gabriela Uribe uma pesquisadora do imperialismo e dependência da África que responde estas questões dizendo que África é um continente rico mais não tem mão- de- obra qualificada, nem tecnologia, falta de capacidade produtora, falta de meios para investimentos e o espirito nacionalista para construir uma identidade de Estados-nação.
Para além desta pesquisadora, tem alguns sociólogos como Fernando Henrique e Marine que questionam a dependência da América Latina nos anos de 1950 e que hoje África é alvo da dependência externa e chegando o PIB não sendo sustentável para um País. Por exemplo, a energia em Moçambique se tivesse uma máquina transformadora traria custo e beneficio para o País e poderia ajudar uma parte do desenvolvimento e seria uma energia sustentável para toda a sociedade moçambicana.
Hoje temos recursos naturais abundantes, o que o nosso governo pensa em fazer para que esse tesouro tenha mais valia para a sociedade? No Brasil, por exemplo, quando descobriram sobre sal e o petróleo pensar em fazer uma indústria Brasileira que pudesse extrair esses recursos hoje à empresa estatal Petrobrás. Uma Empresa nacional mais que esta atuando hoje no âmbito internacional. Algumas pessoas podem dizer que o governo brasileiro tinha dinheiro mais ao contrário contraíram a divida externa e empreenderam e reduziram o desemprego e a pobreza do País no ano que conseguiram erguer a empresa. E nós o que faremos diante a divida externa que temos? Enquanto não tivermos Empresas Estatais no nosso País nunca sairemos das dívidas externas, nem do desemprego e muito menos da pobreza. A nossa cooperação deveria ser mais inteligente, mais proativa e mais eficiente como, por exemplo, da fábrica de antiviral que será construída no Maputo e depois de alguns anos será para País. O nosso país não é um território vasto que Brasil e nem populoso. A população da Bahia, por exemplo, uma província do Brasil é maior que a população de todo o País de Moçambique porque na Bahia são 27 milhões de habitantes. E a população brasileira mais pobre têm salario mínimo um programa social do governo chamado BOLSA A FAMÍLIA. Até quando chegaremos a esse nível em vez de ficar falando de uma estrada nacional número 1 que ainda não acaba deste a independência de Moçambique? Tem outros programas como o da saúde apesar de não ser melhor que não se paga a saúde pública, a educação pública que não se pagam ainda. O fim da guerra civil, sobretudo a sua condução foi um processo inacabado pelo fato de estar atormentado pelas crises cíclicas. Porque é que a RENAMO não foi desmobilizada após a assinatura dos acordos? Este problema de instabilidade política e outro como o da corrupção das instituições públicas é um câncer que a cada momento prejudica a sociedade moçambicana e beneficiam os dois partidos mais antigos. Assisto acusações entre os dois Partidos mais nunca assumem as suas culpas. Esqueceram que durante de 16 anos de guerra civil foram violados os direitos humanos porque muitas pessoas foram mortas inocentemente e hoje continuam com as suas arrogâncias e sacrificando cada vez mais a sociedade. Violação dos direitos humanos não se resume a mortes só. Também a falta de moradia, de emprego, a água potável, a luz, a saúde digna, a educação faz parte de violação dos direitos humanos.
Outro grande problema que vem crescendo é a falta de conhecimento acerca da democracia e da eficiência governabilidade, isto vem sendo uma anomalia de falta de respeito aos moçambicanos que votam nessas pessoas incapazes de ser resposta dos problemas da sociedade moçambicana. Os políticos moçambicanos estão preocupados para degradar as riquezas nacionais, pois não vejo nenhum líder por vocação ou amor apenas só há lideres profissionais que vão à politica para ascender na vida e tudo isso quem paga é o povo, quem sofre é povo. Quantos milhões foram gastos na Conferência Joaquim Chissano? Se esse dinheiro fosse aplicado para uma área de saúde não sanaria alguns aspectos daquele ministério? Ou ainda noutra área traria algum benefício para a sociedade mesmo que fosse investido para assistência social. Assistimos mediadores apenas que foram escutar os dois Partidos falando as barbaridades na Conferência Joaquim Chissano. O que é, e como deve proceder aos mediadores nas diversas negociações? O mediador é a pessoa que vai ser a ponte entre dois ou mais grupos que estão em conflito ou que querem fechar um negocio de forma justa sem que nenhuma das partes perda, ou seja, prejudicada. Um primeiro passo que o mediador faz é escutar as duas ou mais posições envolvidas no caso e depois se ele achar que não estão chegando a nenhum consenso, o mesmo mediador vai dar uma proposta média para as ambas as partes e as partes analisam e dizem algo acerca da proposta dada. Pelo que me pareceu os nossos mediadores foram escutar os dois Partidos discutindo. Esses casos não tem haver com Assembleia da Republica por simples motivos: o nosso parlamento não tem capacidade para fazer uma discussão aprofundada e nem resolver os problemas da nação. A própria estrutura criada pela Assembleia não os ajuda a serem deputados sérios e capazes de resolver as questões mais delicadas da nação. Estava esperançoso com o presidente da Republica de Moçambique que seria uma pessoa ideal para defender a soberania do povo e não soberania da Constituição que não corresponde os anseios do povo, mas o que me parece em vez de semear a paz semeia a guerra, a discórdia e a divisão. Só é fundamental fazer uma analise dos discursos dele, não são os
discursos dos verdadeiros presidentes que quer manter a paz. Não existe um acordo ou diálogo vazio ou que não exige cedência. Uma única solução seria programar uma governação mista a partir de novos modelos administrativos criando a federação ou autarquias das províncias dentro das emendas Constitucionais já que a Constituição de modelo Portuguesa é inacabada e não é moderno pela sua essência. No caso da Constituição Brasileira tem várias emendas Constitucionais (56) que facilita a boa governação e a modernização do processo político.
BRASIL, 31 DE MAIO DE 2015.
Augusto Wayla