Maguluti
Por Francisco Rodolfo
É Quarta-feira de manhã!... Os jornais (semanários) parte saíram à rua. Quem as lê fica convencido que o mundo vai quase que desabar.
Títulos bombásticos. É o mundo da comunicação, é a era da electrónica.
Já alguém dizia há uns anos, que no futuro, quem não soubesse escrever no computador seria classificado de analfabeto. Isso mesmo: “analfabeto”!... Parece aquela dos brigadistas do meu amigo Dr. João Dias Loureiro, ilustríssimo Presidente do Conselho de Administração do INE (Instituto Nacional de Estatística) que há anos, considerava analfabeto, aqueles que não sabem falar “português”, mas fazem relatório em “suhali”, uma das línguas mais faladas em toda a África.
Há tantos no Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambézia…
No momento em que escrevo este Maguluti, não há indicação de que há condições de a EMOCHIM tenha condições de realizar o seu trabalho.
Faltam as “listas” que a Afonso Dhlakama prometeu entregar, à delegação do Governo na pessoa do Engenheiro José Pacheco, ministro moçambicano de Agricultura e Segurança Rural e Chefe da Delegação do Governo às conversações que batem recordem por ir a mais de 100 rondas sem resultados nos últimos meses.
O Dr. Saimone Macuiane, Deputado e Chefe da Delegação da RENAMO vai de justificação a justificação, uma táctica de “fuga para a frente”.
Fazer tempo, enquanto Afonso Dhlakama, líder da RENAMO anda de província a província, onde, com o argumento de que “vai dar aulas para preparar os “seus” governadores, administradores e outros que vão “governar”, onde ele alegadamente ganhou.
Dizia-me o Pedro, há dias naquela da cavaqueira no “Café Caffehissimo”, no Shopping da Polana, aqui na capitam moçambicana:
- “Oh Rodolfo, aquela de “governar as provinciais” onde eu ganhei precisa de ter muita lata!... Qual é o fim?...”
- Armando Emílio GUEBUZA conhece bem, afirmando na última visita feita à Itália, no Reggio Emmília, lá onde esteve com Raul Domingos, da RENAMO, quando “negociavam” o AGP (Acordo Geral da Paz), assinado em Roma, quando muitos desses politólogos eram “mufanitos”, mas dizem nas câmaras das televisões, que GUEBUZA não é “dialogante”… - respondo eu. Guebuza dizia mais ou menos que Afonso Dhlakama não tem palavra: diz uma coisa hoje, mas amanhã muda…
Filipe Jacinto NYUSI, Presidente da República já disse que “não vai ajoelhar a único homem em busca da PAZ”, porque na verdade, ensina-nos, agora que está em Sofala: que “sou Presidente de todos os moçambicanos…”
Estes pronunciamentos dão para D. Jaime Gonçalves, Arcebispo Emérito da Beira, em de Sofala, na sua última entrevista ao Jornal SAVANA:
“Nem todos os moçambicanos cabem no coração de NYUSI”.
Dizia, o prelado. Não obstante o emérito Arcebispo tenha feito, quase que o “apaziguar” das partes (Governo e RENAMO) tem receio de condenar veementemente a RENAMO pela sua atitude de continuar armada, como ele fazia nos últimos anos: “porquê Sofala tem de ser mais conhecido por ter “homens armados da RENAMO?”
…. – era mais ou menos assim que D. Jaime se pronunciava na véspera da sua merecida reforma.
Todos os dias, as ameaças que Afonso Dhlakama faz, durante a digressão na “desobediência civil”, não só paralisa as actividades, para divulgar mentiras descaradas: “vamos governar , onde eu ganhei”, mas afugenta aqueles que queiram “investir”, não só em Sofala, mas em todo o País.
É chegado o momento os moçambicanos dizerem: BASTA a estas “investidas” da RENAMO e de Dhlakama!...
O problema está do lado de Afonso Dhlakama que sabe que Filipe NYUSI, Presidente de Moçambique se mostrou sempre dialogante, preocupado com a PAZ que todos nós desejamos.
Obviamente Dhlakama, está a cumprir, o “plano” daqueles que financiam para esta “malta” entrar na confusão e eles explorarem os recursos naturais, numa boa. Os exemplos da Líbia, Iraque, Egipto são bem elucidativos, mas isso dá para magulutar proximamente.
Estimulam a todo o custo “guerra” entre moçambicanos, para deixar esta “Pátria Amada” ingovernável.
Querem um Moçambique sem Estado, como é a Somália, mas esquecem-se que os moçambicanos não irão na “fita” deles… Queremos a PAZ…
DIÁRIO DO PAÍS – 14.05.2015