Nas negociações e na comunicação social, a Renamo vem denunciando, nos últimos tempos, ataques às suas posições em Gaza pelas Forças de Defesa e Segurança. O Governo sempre desmentiu tais ataques. Em conferência de imprensa no Centro de Conferências “Joaquim Chissano”, no final da 106ª ronda das negociações entre o Governo e a Renamo, o ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, José Pacheco, falou de ataques, mas disse que têm como alvos os caçadores furtivos de elefantes e rinocerontes.
Segundo José Pacheco, não se justifica que a Renamo se queixe de ataques aos seus homens pelas Forças de Defesa e Segurança, enquanto o seu quartel-general e as suas acções se circunscreveram a Muxúnguè, Inchope, Sadjundjira e Gorongosa.
Pacheco disse aos jornalistas que perguntou à Renamo se o seu quartel-general era em Sandjundira e se as hostilidades militares ocorreram entre o Save e o Inchope, de onde vieram os homens que apareceram no Guijá.
Pacheco disse que, sendo assim, só se pode “estar perante furtivos de pontas de elefantes, de cornos de rinocerontes”, e que a Renamo, quando são neutralizados, fala de “violação do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares”.
Sobre as acusações de que a o Governo quer assassinar Dhlakama, José Pacheco disse que “o que o Governo mais quer é ter o Afonso Dhlakama vivo, porque é um interlocutor válido”.
“Estaremos eventualmente perante uma preparação psicológica de, no seio da Renamo, pretenderem libertar-se do seu presidente. Estaremos eventualmente perante uma preparação psicológica para reactivarem acções armadas violentas, com todas essas acusações infundadas”, disse. (Bernardo Álvaro)
CANALMOZ – 26.05.2015
NOTA: Para quando o anúncio oficial da “caça furtiva” de 65 cornos de rinoceronte na Esquadra da PRM da Matola?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE