A proposta, segundo a Rádio Moçambique, teria sido apresentada pela equipa de mediação chefiada pelo antigo presidente de Moçambique, Joaquim Chissano.
O ministro malawiano dos negócios estrangeiros George Chaponda confirmou que essa proposta está em cima da mesa, mas insistiu que Malawi não abdica da sua reivindicação em torno da soberania total do Lago Niassa.
Chaponda avançou que diplomatas dos dois países vão trabalhar sobre a proposta dos mediadores.
Tanzania reiterou esta semana, atraves do seu embaixador-cessante no Malawi, Patrick Tsere, que nunca vai entrar em guerra com o seu vizinho por causa do Lago Niassa.
Os dois países disputam a linha de fronteira do Lago Niassa, com a Tanzania a defender a partilha ao meio enquanto o Malawi alega o contrário.
Tsere disse que a questão fronteiriça está em debate desde 1967, mas sublinhou que os povos tanzaniano e malawiano são irmãos.
Nos últimos anos, ressurgiu o diferendo fronteiriço entre o Malawi e a Tanzania depois de informações dando conta de reservas de petróleo e de gás natural no Lago Niassa.
O diplomata tanzaniano afirmou que mesmo a declaração do Malawi de que o Lago Niassa é inegociável, é apenas uma questão de princípio porque os líderes dos dois países estão em contacto permanente com os mediadores visando encontrar uma solução pacífica.
Patrick Tsere observou que é impensável a Tanzânia ir a guerra com o Malawi por causa do Lago Niassa.
Ele sugeriu que Malawi e Tanzânia devem continuar a trabalhar juntos para ter boas relações e superar as suas diferenças com base no diálogo.
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AIM – 17.05.20158