MONUMENTOS e maquetas vão ser construídos nas bases usadas pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) durante a luta de libertação nacional, como forma de dignificar e valorizar cada vez mais estes lugares históricos.
As obras, a serem realizadas pela Direcção Provincial dos Combatentes, visam permitir uma maior preservação destes lugares, para que os mesmos constituam fontes de atracção turística, sobretudo nas datas festivas e comemorativas.
A chefe do Departamento de História na Direcção Provincial dos Combatentes em Sofala, Teresa Zaonazina, que facultou a informação ao nosso Jornal, na Beira, sublinhou que essas bases se enquadram no contexto histórico-geográfico e tendo em conta as características da guerra de guerrilha, levada a cabo pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
Numa primeira fase, o processo culminou com a construção de monumentos nas bases de Mândue, em Chemba, Licoma, no distrito de Caia, Massiquidze, em Muanza, e Mecuse, na região de Nhamatanda.
Zaonazina apontou ainda que em Sofala o esforço do Governo neste sentido culminou com a construção de maquetas na preservação das bases de Chivungue-Chivungue, em Marromeu, Sinapilota e Nhamindimo, no distrito de Cheringoma, e Goro, em Gorongosa.
Ainda na província de Sofala, localizam-se as bases de Kufaculipo, em Nhamatanda, Maguacua, no distrito do Dondo, Nhamita, no Búzi, e Chicandiuane, em Chibabava, cujas acções para a sua preservação serão feitas de forma gradual e em função da disponibilidade financeira do Estado.
Conforme sustentou a nossa fonte, pretende-se assim que todas as bases da luta de libertação nacional, dirigida pela FRELIMO durante 10 anos contra a ocupação colonial portuguesa em Moçambique, sejam preservadas na memória das gerações vindouras, havendo esforço redobrado no seio do Ministério dos Combatentes, para o efeito.
Anualmente, está prevista a construção de determinados monumentos e maquetas nessas bases, numa altura em que as atenções estão viradas para os distritos de Nhamatanda e Gorongosa, sendo que nesta última região a recente tensão político-militar criou algum revés na preservação daqueles locais históricos do povo moçambicano.
Pelo facto das bases representarem momentos históricos, os combatentes entrevistados pela Reportagem da nossa Delegação da Beira, realçam a pertinência da melhoria do seu actual estado.
Muitos dos locais que foram bases durante a luta de libertação nacional encontram-se em estado de abandono, e de difícil acesso e com referências sobre o seu valor histórico.
Por conseguinte, o director dos Combatentes em Sofala, Ângelo Naene, reconheceu esta realidade, explicando que estes lugares estão a ser melhor cuidados, identificados, criadas melhores condições de acesso e outros melhoramentos necessários para a satisfação das exigências dos utentes e da população residente nos arredores.
Horácio João
NOTÍCIAS – 01.06.2015