A exploração da madeira volta a gerar polémica na província da Zambézia, numa altura em que operadores florestais acusam os líderes comunitários, cidadãos chineses e algumas figuras ligadas ao Governo de estarem a perpetuar contrabando de madeira.
Segundo escreve o diário O País, os operadores apresentaram queixas durante um encontro que mantiveram, ontem, com o governador daquela província, Abdul Razak. Os mesmos lamentam ainda que alguns fiscais seja impedidos de averiguar a legalidade da madeira, cujo transporte é autorizado pela Direcção Provincial da Agricultura.
Alguns operadores queixaram-se ainda de receber ameaças de morte dos operadores furtivos: "Se queremos criar sustentabilidade na madeira no seio dos operadores moçambicanos, deve ser vedada a entrada de chineses nas florestas nacionais, pois os mesmos devem apenas assumir o papel de compradores e não de participantes no processo de corte", disse, citado pelo País, Estêvão Langa, operador florestal de Morrumbala.
Reagindo às denúncias, Abdul Razak prometeu mandar investigar o sector da madeira para se inteirar da situação.
O governador referiu igualmente que o mais importante é descobrir as evidências da má-fé dos compradores da madeira, para se encerrar os parques.
SAPO - 21.05.2015