QUANDO parecia que estava terminada a vaga de xenofobia iniciada em finais de Março em Durban, KwaZulu-Natal (KZN), leste sul-africano, novos ataques a estrangeiros são assinalados na província do Limpopo, que faz fronteira com Moçambique.
De acordo com a cadeia de televisão sul-africana SABC, lojas de cidadãos somalis e etíopes foram incendiadas e saqueadas no município em Thabazimbi, na segunda-feira, dia 27, quando a Africa Sul celebrava o Dia da Liberdade, que assinala o fim formal do “Apartheid”.
Cerca de 50 cidadãos estrangeiros, incluindo mulheres e crianças, foram acomodados num centro desportivo local. A polícia prendeu 15 suspeitos.
Reforços policiais foram enviados às pressas para Thabazimbi, para acabar com a violência.
Entretanto, os cidadãos etíopes e somalis desalojados pelos ataques já manifestaram a intensão de permanecer na Africa do Sul e serem reintegrados na comunidade.
Enquanto isso, as autoridades de KwaZulu-Natal, onde tudo começou em finais de Março deste ano, constituiram uma comissão para investigar as causas da violência xenófoba.
A equipa será liderada por Navi Pillay, antiga Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos (2008-2014)
O grupo deve também elaborar planos de re-integração para os milhares de cidadãos estrangeiros abrigados em campos improvisados na sequência da violência xenófoba que fez pelo menos sete mortos, três dos quais moçambicanos
No seu trabalho, a equipa, que deve apresentar resultados até Outubro próximo, envolverá os cidadãos estrangeiros, as comunidades locais e outras partes interessadas, incluindo o rei Zulu Goodwill Zwelithini, suposto autor moral da agitação xenófoba que ainda agita a África do Sul.
NOTÍCIAS – 01.05.2015