Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Roubo de cornos de rinoceronte
A Polícia da República de Moçambique (PRM) é uma farsa e não se sabe se devemos ou não continuar a confiar nela. Como é que se explica que 12 dos 65 cornos de rinocerontes apreendidos num condomínio luxuoso em Tchumene, a 12 de Maio em curso, no município da Matola, tenham sido roubados num lugar que se supunha estar bem fechado e vigiado por pessoas preparadas para tal? E depois, cara sem vergonha, Emídio Mabunda, porta-voz da PRM na província de Maputo, resvalou no ridículo ao tentar negar um crime que estava nas suas barbas. A quem o ilustre pretendia acobertar? Esta brincadeira de péssimo gosto só serviu para, por um lado, provar ao mundo que a nossa Polícia é frágil como sempre foi. Os moçambicanos, por outro, sentem-se envergonhados como se tivessem sido corneados. Como seria bom se os cornos pudessem ouvir o que os humanos dizem e tivessem boca para nos dizerem em que lugar se encontram e quem os levou para tal lá!
Ultimato da Renamo
Há um ditado segundo o qual as pessoas quando envelhecem, sobretudo quando atingem a terceira idade, costumam comportar-se como as crianças. Ou seja, eles voltam a experimentar a infantilidade. Será que este é o caso de Afonso Dhlakama?
Licenciamento simplificado e chapeiros
A edilidade de Maputo está a levar a cabo o licenciamento simplificado de chapeiros ilegais. Afinal, ainda há transportadores nesta situação na capital do país? Há anos que não se falava deste assunto. Alguém pode explicar-nos por que motivo as autoridades ficaram tanto tempo em silêncio? Ou alguém estava a fazer vista grossa para obter dividendos? Actos como estes, de cabritismo, só atrasam o país e levamos anos a tentar resolver o mesmo problema, que nunca é erradicado por negligência. Aliás, a quantas anda o projecto sobre o sistema de transporte de caminho-de-ferro que foi propalado há meses? E aqueles transportadores que alegam não ter condições para levar as suas viaturas à inspecção, contratar seguros e averbar as cartas de condução para o serviço público, condições indispensáveis para obterem o licenciamento simplificado dos seus veículos, que parem, também, de inventar desculpas para perpetuarem o caos.
@VERDADE – 30.05.2015