O Governo moçambicano cobriu 21 mil quilómetros em asfaltagem de estradas, em 2014, dos 22 mil previstos, o que corresponde a cerca de 96 por cento de execução.
Esta cobertura corresponde a cerca de 74 por cento da extensão da rede total nacional, ora composta por 30 mil quilómetros.
Este resultado implicou um esforço financeiro na ordem de 21 biliões de meticais, sendo a metade proveniente dos parceiros de desenvolvimento.
Apesar deste resultado, que se considera satisfatório, o governo aponta como maior desafio do sector de estradas a cobertura nacional.
Os dados foram tornados públicos hoje pelo ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Martinho, que falava em Maputo durante a Reunião Nacional de Revisão Conjunta do sector de estradas.
Este feito permitiu-nos concluir a asfaltagem das estradas Macomia-Oasse, Oasse-Mocímboa da Praia, Mocímboa da Praia-Palma, na província nortenha de Cabo Delgado, destacou Bonete.
Permitiu concluir ainda, entre outras, as obras da asfaltagem da estrada Marrupa-Ruaça e iniciar as da asfaltagem da estrada Lichinga-Litunde e construção de cinco pontes na estrada Litunde-Marrupa, na província nortenha de Niassa.
A reabilitação das estradas RioLigonha-Nampula, Namialo-Rio Lúrio e Nampula-Ribaué-Malema, que fazem parte do projecto da estrada Nampula-Cuamba, na província nortenha de Nampula, também foram concluídas, incluindo as obras de construcao da Ponte Kassuende, sobre o Rio Zambeze, na província central de Tete, e a reabilitação das estradas Namacurra-Mocuba-Nampevo-Rio Ligonha, na província central da Zambézia.
O governo entende que estas acções estão a contribuir para o incremento da extensão da rede nacional de estradas asfaltadas e dos índices de transitabilidade a nível nacional, não obstante as cheias ocorridas nos últimos anos, que causaram danos de cerca de 1.300 quilómetros de estrada, sobretudo na Estrada Nacional Número Um (EN1).
Por seu turno, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Fundo de Estradas, Cecílio Grachane, apontou como outro desafio do sector continuar a expandir a rede de cobertura e sempre servir melhor.
O sector da agricultura é o que normalmente clama mais por uma intervenção do sector de estradas, dai o enfoque no distrito como polo de desenvolvimento.
Grachane anunciou o investimento no sector para este ano na ordem dos 17 biliões de meticais, que inclui a contribuição dos parceiros.
Relativamente ao ano de 2014, o PCA do Fundo de Estradas disse não tratar-se exactamente de redução, porque as necessidades vão reduzindo, tendo em conta que se trata de um programa de estradas dos últimos cinco anos, que representava investimento de quatro biliões de dólares.
Não vamos todos os anos asfaltar todas as estradas. Portanto, houve um grande esforço em colocar aquilo que mais falta fazia na nossa rede e depois vamos seguir também este princípio nobre, que é preservar o que temos. Temos que olhar um pouco mais na nossa manutenção e os níveis de investimento para a manutenção são obviamente diferentes dos de investimento que tivemos para o conjunto de obras que existe um pouco por todo o país, explicou.
Anacleto Mercedes (ALM)/SN
AIM – 29.06.2015
NOTA: Tendo Moçambique cerca de 2500Km de costa e tendo sido alcatroados 21.000 Km em 2014, quer dizer que se asfaltaram seis marginais de norte a sul, do Rovuma à Ponta do Ouro! Parabéns, moçambicanos!
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE